CRÔNICA #043 - PEDINTES – DESCASO? De quem é a culpa ou responsabilidade?

Tive o privilégio de estar em dois países distintos, mas a mesma política social a respeito da mendicância.

Em 2006, nas cidade de Stellenbosch (africâner = bosque estrelado). Hospedado num flat na Rua da Igreja (Church Street), Uma bênção. Um presente de Deus. Estivemos em família para o casamento de meu filho mais velho.

Stellebosch é uma pacata cidade sul-africana. É uma cidade universitária. Suas ruas bem traçadas, dá gosto de por elas passear. Uma limpeza invejável. Não um cisco qualquer pelo chão. Embora ainda haja muito o que fazer no social, fui informado que é proibido pedir esmolas por lá. Também dar esmola é ato grave. Os que necessitam, devem ser encaminhados para um programa especial do governo para participarem do programa de integração social. Não me informei sobre isso em detalhes.

Tudo lá tem um clichê – South African Pride – O orgulho sul-africano. Segundo garantem, pode-se beber água da torneira sem medo de contaminação. O governe garante com muito orgulho a pureza e potabilidade da água.

Alguns córregos (streaming) cortam algumas ruas e casas da cidade. Levam água pura e cristalina. Se ela passar por sua casa tem dia da semana certo para ser utilizada, mas ninguém pode poluir as águas do córrego. Todos têm uma consciência ecológica que dá gosto. É proibido o desperdício e todos cooperam com o meio ambiente. Pelo menos foi o que senti por onde passei.

Na Suíça, 2009, percebi também esse cuidado tanto com o social quanto com o meio ambiente. Embora saiba que no Brasil há muitas áreas onde podemos desfrutar de um ar puro, desprovido de poluição, mas foi em Lausanne, Bosque La Forêt e vizinhanças que tive o prazer e o privilégio de desfrutar desse ambiente ecologicamente preservado. Todos os dias, minha esposa e eu íamos fazer nossa caminhada. Que delícia e que saudade!

Aproveitamos também o máximo para curtirmos nossa primeira netinha. Ah!, Sabe qual foi a primeira palavra que ela pronunciou? Como sabem? Isso mesmo - “Vovô!” e depois, “Vovó” Antes mesmo de papai e mamãe. Dá pra imaginar como fiquei todo prosa.

Nunca tinha conhecido um povo tão ético e educado quanto o suíço.

Há coisa que é difícil de acreditar. Lojas sem atendente e todos compram e pagam, Posto de combustível sem frentista, estacionamentos sem fiscal. E todos pagam pelos serviços. Dá gosto de ver. Todos, sem exceção, pagam impostos, mas com prazer, pois no dia a dia veem o retorno em prol do cidadão e do bem estar comum

Voltando À nossa realidade, li uma crônica super legal hoje, escrita pelo Frank e, além do prazer de lê-la, deixe um comentário que publico a seguir:

“Boa tarde, Frank! Bela crônica, apesar da maldição. É difícil! dinheiro não dou. Mas se tiver mais alguns trocados, compro alguma coisa e dou para que pede. Mas a gente se revolta. Estávamos eu e minha filha no centro da cidade quando alguém nos pediu dinheiro para ajudar na compra de ingredientes para uma sopa par a mãe doente. Eu respondi que não daria, mas se quisesse poderia comprar algo no Mercantil para eles cozinharem e comerem. Por via das dúvidas, pedi que aguardasse fora do estabelecimento e compramos algumas coisas pro jantes deles. E ainda constrangimos o dono do estabelecimento para que também doassem algo. Mas doutra feita, o cara pegou as compras e vendeu mais adiante para comprar cachaça. Aí é dose!”

Comentário para o texto:MALDIÇÃO NO CAFÉ DA MANHÃ -->> [http://www.recantodasletras.com.br/redirect.php?contentCode=T2632174]

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 24/11/2010
Reeditado em 24/02/2011
Código do texto: T2633363
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