O PRÊMIO DO REALITY SHOW
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Esta semana "correu" por aqui, uma historieta bem cretina; é tão cretina que poderíamos classificá-la como "humor negro"; um gênero frequente na cultura popular brasileira. Fora a cretinice, tem um enredo bem desenvolvido, ao estilo do conto, onde tudo chama, convoca, a um final bastante inspirado. Quanto à autoria, é de costume em uma narrativa oral, ninguém perguntar pelo autor. Do mesmo modo que nas piadas. De maneira que uns vão passando aos outros sem se preocupar com nome do "inventor". Foi assim, que ela, que vai abaixo - nas minhas letras - chegou até meus ouvidos.
Um rapaz ganhara um reality show, e como prêmio, foi contratado para filmar um comercial com a Gisele Bündchen. Ao eufórico rapaz fora marcado o dia 15 de determinado mês, para o embarque rumo ao local da filmagem. No entanto, a viagem poderia ser cancelada caso acontecesse algum imprevisto com a Gisele; neste caso, ele seria comunicado via telegrama. Se não recebesse, embarcaria no dia determinado para iniciar as filmagens com a nossa famosa modelo.
O rapaz combinou com os colegas que se não viesse o telegrama até a véspera, daria, nesse dia, uma grande festa de despedida. E assim aconteceu. Na noite de 14, a casa se encheu e haja farra. Música e dança, comes e bebes, entre outras coisas. Como o dia 14 só terminaria à meia-noite, a angústia do rapaz era imensa. Por volta das 10 horas, alguém toca a campainha. Faz-se um silêncio de morte. Como se marchasse para a cadeira elétrica, o jovem se encaminha à porta, tentando convencer-se de que era algum convidado atrasado; de lá, porém, traz pálido e ansioso, o envelope do cabograma. Nervoso, tremulo, abre-o, para depois berrar numa imensa e não contida alegria:
— Pessoal, não é nada, não! Foi minha mãe que morreu!
Salve-se quem puder! ®Sérgio.
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Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre