A Lingua que nós escrevemos

Extraído do meu Livro ho mônimo deste título "OS NIZCAROS" aqui vos deixo mais esta rábula para reflectirmos juntos em abono da perenidade da lingua de todos nós...

(014)" ® OS NÏZCAROS! " - A Lingua que nós escrevemos!

- O homem que cometeu um erro e não o corrige está cometendo outro erro! (Confúcio) --- Numa das minhas primeiras crônicas postadas no PortugalClub, sob a égide deste mesmo pensador milenar da civilização oriental (Mandarim), eu declarei de pronto, e repito aqui agora mais uma vez, que não gosto de "confucião" na lingua, todavia a respeito, quando ela é causada pelos outros. Silvino Potêncio, Emigrante Transmontano! - Janeiro de 2006

Em qualquer relacionamento social e humano, quando um não quer, dois não fazem par... - Eu, como muitos dos leitores que, embora na sombra, lemos tudo aquilo que vai passando aqui pela vitrine virtual que é este ponto de encontro idealizado pelo seu mentor Sr Casimiro Rodrigues, temos acompanhado as inúmeras discussões surgidas dos mais dispares cantos do globo e a mais das vezes elas são infundadas ou, no minimo, traduzem apenas parcialmente o que vai na alma e no pensamento, ou nos modos de pensar em publico - enquanto escritores - dos seus reclamantes ou outros arguentes participativos.
- Por dá cá aquela palha,... quem é do verbo e suou as estopinhas para declinar as composições gramaticais, os parágrafos, as frases e os seus respectivos sujeitos com ou sem predicados, estes sempre acabam por errar!,...
- Isso é natural, é humano! - Contudo, e infelizmente, depois de torrar os timbernilhos atrás de estantes e pilhas de livros, de enciclopédias, de almanaques e alfarrábios já sebosos de tanto os folhearmos, aprendemos algo e colocamos as palavras no seu devido lugar, totalmente decompostas como se fizéssemos com elas o que se faz com uma reles posta de bacalhau para lá de demolhado!,... (cheira mal, impesta o ambiente, simplesmente , não presta!, enaunto não estivér cozinhado... e as espinhas podem até se atravessar na garganta do seu decompositor - como tantas e tantas coisas da vida, por exemplo certos escritos que nós lemos aqui ultimamente) , mas!... eles os pretensos donos da lingua que é de todos nós, nos atiram logo com um "calhamaço" recheado de "semânticas" de sinónimos e antónimos, de homónimos e heterónimos que só a lingua portuguesa pode aceitar como uma sopa de letras, servida neste portal como em nenhum outro se faz na face terra!...
Todavia, a mim pessoalmente, ninguém neste mundo me tira o sabor da lingua portuguesa por mim aqui confeccionada, qual posta de bacalhau com batatas e todos os demais ingredientes tipicamente nossos!, como um bom azeite puro de oliva, com alho e sem "bugalhos" , etc. e tal e coisa!... - no meu prato ninguém mexe!
Se alguém tivér que me julgar que julgue, mas não antes de provar e comprovar o sabor do bacalhau à minha moda - isto reafirmo agora, é, no meu entender, o melhor legado que eu me sinto à altura de poder dar ao contributo da perenização da cultura portuguesa! - E por favor nada de "niilismos" exagerados, nada de guerra de sexos porque a lingua é homofona, não cafona e comum a todos; homosexual, bisexual, heterosexual, ou até mesmo misteriosamente ambisexual (penso que seja algo que nem tem sexo, nem nexo tem, portanto não vale mencionar se o escritor é homem ou mulher, certo?!....) além de tudo a nossa lingua é totalmente desconhecida quando ficamos de boca fechada.
- Os catedráticos e puristas da lingua lusitana, na sua maioria cansam-se de bradar aos céus só porque de repente ninguém sabe o que este ou aquele termo acrescido ao grande almanaque, por povos outros que não nós mesmos, quer dizer.
- Hoje mesmo, dois interlocutores meus com os quais privo de amizade e total confiança me apelidaram da mesma coisa com dois sentidos absolutamente opostos!
- O primeiro para me elogiar uma frase por mim escrita, ele me disse; eita, cabra da peste!,... como tu é bom de lingua, hein?
- O segundo por um minimo de despeito e vontade de fazer valer a sua "segunda intenção", ao ler a mesma frase por mim escrita, ele me disse; eita, cabra da peste!,... como tu é bom de lingua, hein?
Eis portanto a diferença entre ler uma frase publicada na internet, ou em um qualquer livro tradicional, e a mesma frase escutada das cordas vocais de quem a pronuncia.
... Ah, isso são frases idiomáticas puramente localizadas. Quem sabe talvez ouvidas aqui e acolá regionalmente no Brasil, talvez, mas que não entram na composição da nossa lingua como um todo, dirão certamente os "doutores/doutoras" formados em linguas, cientistas em filologia, estudiosos da comunicação oral e verbal.
- A esses eu digo que, pelo menos, mais de cinquenta milhões de nordestinos já encorporaram isso ao seu linguajar corriqueiro do dia a dia, como também milhares de outras palavras que não prestam mas se escrevem para bem nos entendermos, no local aonde vivamos, está certo?...
- Eu sou povo!,... e nasci quando e onde o meu Deus interiormente supremo achou que eu deveria de nascer.
-Ele, creio eu, mandou a mãe natureza aconselhar, sugerir, impressionar, influenciar e praticar a ordem natural das coisas ao colocar a Ti Julheta, (a benção mãe...) junto c'o Ti Zé Artur (Deus te tem pai...) para fazerem mais este prato de ® NÏZCAROS, e daí me colocaram cerca de 1,123 gramas (calculadas em balança de roberval...) de massa cinzenta no alto do "cucuruto", mas debaixo da moleirinha com uma franjinha de cabelo loiro feito um principe nórdico, um verdadeiro ascendente dos homens das terras altas (que bem poderia vir a ser vertido para a telinha fazendo concorrência ao "highlander" - o quê ele tem que eu não tenho, hein?... ele usa saia xadrez, e eu tentei aprender a tocar gaita de foles, mas fiquei sem folego e me virei para soprar na gaita de boca. Estou convencido de que esta minha tendência para publicar estas "bocas" vem daí, mas não estou bem certo).
- O povo é quem mais "ordenha", e isso - no sentido lato do termo - ele faz com toda a propriedade, no seu meio, no seio da sua comunidade mais próxima. Ele povo quando escreve na propria lingua, ordenha das tetas dela tudo e qualquer coisa que de lá saia.
- Depois, ao longo do tempo - na maioria das vezes, séculos - ele se adapta, ele corrige, ele emenda, ele inventa, ele cria, porque como se diz lá na 'nha terra; quem
cria dá leite!
- Mas que idiotice é esta?... onde está a relação entre o verbo criar e o leite?
- desculpem lá os puristas uma vez mais, mas eu vou aqui recorrer a um autor estrangeiro - que não nos é estranho - para exemplificar, para decompor esta minha afirmação popular : é elementar meu caro Watson!... quem cria dá leite, e quem tem leite fez a ordenha! (diria Sir Conan Doyle na figura e na boca do impagável Scherlock Holmes...)
Entretanto a lingua nossa pertence ao Estado porque o Estado pertence à Pátria e esta comanda as regras mas as ordens nem sempre se cumprem.
O Estado é a nação e a nação são os cidadãos cada um com os seus pertences, muitos ou poucos!,... cada um quando nasce, a carta magna lhe garante o direito à vida, à liberdade (incluso, e sobretudo a liberdade de expressão) - e todos nós deveriamos aprender esses principios acima de todos os outros.
- Da mesma forma que perguntar não ofende, afirmar com comprovação também não deve causar danos ao interpelado (ou ao indagado, ou ao indigitado, ou ao perguntado, ou ao in querido, para sermos mais semânticamente meigos!...).
- Já que beiramos aqui um ambiente inquisitório a respeito de quem escreve bem em lingua portuguesa, e quem apenas escreve o que não presta, eu me lembrei daquele "chiste" malicioso do Juiz que presidia o forum do baixo meretricio, enquanto ele era legal lá na santa terrinha:
... o Juiz entrou na sala - todo o mundo de pé - ele sentou-se e; Meirinho!, mande trazer a Ré!
- Ela se aproximou do "pulpito" do magistrado em cima do estrado de maneira muito humilde e, contorcendo as mãos para segurar o nervoso de encarar a autoridade de frente!,... quando lá ia, geralmente ele só entrava pela porta de trás mas ali!,... ele ali era a pessoa da lei, era o homem que não pode ver nada, que tem que ser cego para poder ver dos dois lados!
- diga-me cá então!,... a Senhora é que é àcusada?,...
- bem, senhor juiz, às vezes é ácusada, outras vezes é noutra posição, mas olhe que eu inté tenho profissão, - há muitos anos e nunca ninguém reclamou dos meus serviços...
- ora bem!, deixe-me cá ver. Aqui diz que a senhora é meretriz!!!
- bem, senhor "meretrizimo" o senhor que é juiz, e dono da sua lingua, o senhor lá sabe qual a profissão que me pôs aí no papel porque eu nem sei escrever!... ah, se eu soubésse, eu também queria ser "meretrizima" como o senhor diz.
- Posso ir embora?
Tchibum!...ouviu-se o martelo, e a voz do "meretrizimo"!,... é inocente por não saber ler nem escrever! - Quem é o próximo?
- Vem isto a propósito da contribuição que cada um de nós dá à lingua comum, e da forma como ordenhamos o que ela tem para nos dar.
Como quem não quer a coisa, e porque eu tenho essa vontade de bem servir aos meus amigos e conhecidos sempre que posso, me elegeram para Conselheiro de um órgão que se pretende seja a voz da maioria naquilo que é já um grande forum de discussões sobre a nossa lingua que culmina na nossa cultura, e como não poderia deixar de ser vai desaguar na hereança que cada um deixará para a posteridade.
- Escrever bem, e saber destacar o bem do mal e vice-versa, é um previlégio de poucos. E desses poucos apenas uma infima parte chega ao conhecimento geral, de onde - aqui e acolá - surgem elogios e vez por outra algumas benesses.
- Enquanto que escrever mal ou errar nas afirmações ora feitas, e por isso já atiradas ao vento, na sua grande maioria elas recebem um turbilhão de criticas: ... ora vejam só!, que atrevimento. - Melhor do que isso eu também faço!,... diz a maioria.
Todos sempre fazemos melhor do que isso, e porquê?, ... porque cada um se aprimora tanto para falar o bem, como para criticar o mal.
- Feita uma análise superficial sobre umas quantas criticas lidas por mim aqui neste portal eu poderia, se me permitem os leitores, destacar no meu estilo e na minha forma de "escachouçar" as palavras dos outros, algumas coisas de per si absolutamente hilariantes como forma de passatempo que nada tem de ofensivo e muito menos serviriam de acinte para qualquer um (uma) que se sinta enquadrado ainda que não directamente mencionado nisso. - Mas o bacalhau já está pronto e só se deve comer enquanto está quente, tal qual o prato de "milhos" com uma pitada de canela e açucar que sairá muito em breve.
Por hoje quero renovar antes o meu viva o novo P.R. ( entenda-se Portugal Renovado!...) e parabéns ao povo que lava no Rock in Rio -Lisboa, melhor do que escreve nas "taubas" do meu caixão.
Silvino Potêncio/Natal-Brasil
http://osnizcaros.blog.pt
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 18/10/2010
Reeditado em 02/06/2015
Código do texto: T2563733
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