Meu Brasil Brasileiro!

Eu já escrevi algo sobre as próximas eleições, coisas engraçadas, como convém a qualquer situação que mobilize boa parte da população brasileira. Mas, eu estive refletindo, e concluí que eleição , mesmo que seja no Brasil, deve ser levado à sério. Não sei se terei competência para estabelecer essa seriedade. Em todo caso, não custa nada arriscar. Então, vou começar fazendo uma análise da nossa história, da nossa história política. Da proclamação da República até os dias atuais. Desde àquela época que se fazia piada do comportamento dos nossos políticos. Dizem que o marechal Deodoro da Fonseca, um dia após o grande feito, tornar o Brasil, até então uma monarquia, em uma república , fora procurado por um ativista republicano de longa data .E, esse cidadão expunha para o Marechal sua luta pelos ideais republicanos. Toda uma vida dedicada a essa causa. E, achava-se , injustiçado, porque ainda não tinha sido procurado por nenhum integrante do novo poder para uma recompensa do seu esforço. Enfim, o homem reclamava daquele procedimento, dizendo que era de direito uma participação no governo republicano .O Marechal , com um sorriso irônico, respondeu-lhe:" quem manda tu ser caipora. Tu passasse a vida toda lutando pela república, e ela chegou e não conseguisse nada; faz apenas um dia que sou republicano, e já sou presidente do Brasil". Pois é, a coisa é antiga. E, ao longo da história tivemos muitas figuras com comportamentos diferentes, exóticos, ridículos e até violentos. Estou referindo-me aos presidentes. Houve o Getúlio Vargas que era diferenciado. Sereno, frio, conseguiu no episódio da segunda guerra mundial colocar o Brasil entre as grandes nações. Sabia como lidar com o poder, jogava , brincava, e geralmente ganhava. Nem a morte o venceu, ele se antecipou a ela.

E vieram outros. Quase sempre sem expressividade intelectual. Houve um de sobrenome complicado, que diziam começar com uma palavra obscena. Brincadeira. Kubitschek. Um caboclo metido a inglês ,ou melhor , metido a norte-americano. Construiu Brasília. É, realmente, o povo estava certo. O mínimo que se pode dizer é que não foi uma atitude inteligente, e porque não dizer, imoral . Mas , promoveu um arquiteto cuja a obra mais interessante foi ter uma vida que passou dos 100 anos e continua fazendo seus desenhos que só a inexpressividade da arte moderna pode explicar essa fama. Michelangelo viveu 88. Merecia ter vivido 1000. Assim poderia, quem sabe, dá uns palpites sobre a construção da referida capital tupiniquim.

E passaram outros presidentes. Um riquinho não muito habilitado que se imaginava revolucionário russo. Jogou o Brasil em uma ditadura. Foram 20, 21 anos de obscuridade. Veio um Play Boy bonitão. Aliás, sua postura física foi elogiada por ninguém menos que Nelson Werneck Sodré ,que durante a Eco 92 disse que o então presidente tinha porte de estadista .Embora faltasse a ele atributos intelectuais .Mas, há quem diga que política não é coisa para gente inteligente, é coisa de bossal mesmo. Falando em bossal, esqueci do Itamar. Uma figura extravagante. Foi chamado até de Napoleão de Hospício. Sim, e um poeta. Este foi tão insignificante como presidente que só a vaga na academia brasileira de letras lhe garantiu a imortalidade . Veio um intelectual refinado que estava mais interessado nos títulos acadêmicos” Honoris Causa” do que na administração do país. E finalmente, o povo chegou ao poder. Um operário ocioso. Ocioso é eufemismo. Porque, para os gregos, a escola era lugar do ócio. E esse cidadão não é muito chegado a escola .Portanto, no popular, é preguiçoso .E agora tudo indica que é uma mulher que vai chegar a Presidência da República. Tomara que dê certo.

MEU BRASIL BRASILEIRO!

Soleno Rodrigues
Enviado por Soleno Rodrigues em 20/09/2010
Reeditado em 25/09/2015
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