Até que uma estaca os separe

Recentemente, comecei a acompanhar o seriado americano “The Vampires diares” (Diários do vampiro) baseado na série de livros homônima de L.J Smith, antes já havia assistido aos 03 filmes da série crepúsculo baseada na série de livros de Stephenie Meyer., não que eu seja um apreciador desse tipo de literatura, não cheguei a ler nenhuma das obras, mas como bom cinéfilo acompanhei a saga dos vampiros adolescentes na telinha e na telona.

Começando com Drácula de Bram Stoker, o personagem mais interpretado do cinema, diga-se de passagem, passando pelos “garotos perdidos” na década de 80 e mais recentemente Edward cullen, e Estefan Salvatore respectivamente personagens da saga crepúsculo e “Diários do vampiro” o mito do vampiro sempre intrigou e fascinou pessoas de todas as gerações e idades basta ver nas filas do cinema, nas escolas e nas ruas fãs expressando sua paixão através do modo de se vestir, com fotos no meio do caderno, e estantes onde se encontram toda a coleção de livros sobre o assunto. Parece meio estranho endeusar seres que matam sem piedade seguindo um instinto de sobrevivência e um prazer mórbido por caçar, talvez levando isso em conta as autoras dos livros resolveram “reinventar” dando aos seus “heróis’ a possibilidade de andar durante o dia e uma dieta que não incluí sangue humano. Isso os torna “diferentes” dentro de um grupo “diferente”.

Tanto fascínio e paixão pelas historias de amor entre vampiros e humanos talvez tenha a explicação justamente nesse “diferente” Edward consegue ler a mente das pessoas, exceto de sua amada, Bella e Bella vê nesse jovem de mais de 100 anos mas com aparência de 17 uma fuga do seu mundinho de filha de um policial do interior dos EUA ambos são “diferentes” um do outro e representam uma nova gama de possibilidades, o mesmo vale para Stefan Salvatore e Elena Gilbert, isso até meio que parece óbvio, mas se nos detivermos veremos que tanto sucesso em torno dessas histórias é exatamente essa busca , pelo “algo diferente”.

Não são apenas os olhos claros e rostos quadrados que atraem a atenção feminina , mas a proposta de uma relacionamento que nunca experimentaram, sair, badalar, beijar muito na noite para esquecer um pouco os problemas cotidianos, para suprir carência em alguma área da vida, que talvez nem saiba que tem, ou mesmo para fortalecer o ego e ter “historia para contar” é o que hoje podemos denominar “comum” ou “curtir a vida” segundo os entendidos do assunto.

Por trás da industria milionária que está por trás desses “relacionamentos diferentes” podemos ver que a euforia de pessoas de todas as idades pelos seres das trevas que podem amar “eternamente” é uma resposta mais do que contundente a que o “comum” não passa de uma opção na falta de outra melhor, ou uma escolha mal informada.

Jorge L.