UM SONHO (quase) IMPOSSÍVEL= EC
Quando eu era adolescente tinha um sonho pouco comum às meninas de minha idade, sonhava ser membro da Academia Brasileira de Letras.
Isso mesmo, mais do que o desejo de encontrar um príncipe encantado montado em um cavalo branco que me arrebatasse para um mundo encantado, eu desejava ocupar uma cadeira dos imortais da ABL.
Nem sei bem como isso começou
Eu era uma menina pobre, morava em uma cidadezinha onde não havia escolas e mal aprendi as primeiras letras.
Mas, gostava de ler. Lia e relia os meus poucos livros, romances emprestados e devorava o jornal do dia assinado pelo meu pai.
Escrevia poesias, contos que não tinha como divulgar e ficavam no fundo de uma gaveta até o dia que minha mãe resolvia fazer faxina e jogava tudo fora.
Mais tarde, outros interesses apareceram. O namorado, o casamento, os filhos e meu sonho de menina ficou esquecido, mas não completamente aniquilado.
E o tempo foi passando com as naturais mudanças em minha vida até o dia em que me vi novamente só, os filhos casados, o marido em outro plano.
E então o sonho ressurgiu.
Já então, mais realista, comecei a escrever e divulgar o que escrevia entre amigos virtuais, estes tesouros que conquistei graças à internet.
Hoje sou uma escritora medíocre, mas sou uma escritora.
Sei que não mereço uma cadeira na ABL, mas tenho o direito de sonhar, não tenho?
Um dia eu chego lá! Vocês vão ver!
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Um Dia Eu Chego Lá
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