A ERVA MALDITA

O pequeno índio acompanhava sua mãe em uma jornada para buscar plantas medicinais longe da aldeia. Andavam margeando o rio e estavam ainda longe de casa, sua mãe estava grávida e as

dores do parto já começavam a anunciar que a hora estava chegando. Ela pediu ao menino que recolhesse algumas folhas secas para fazer um ninho para oirmãozinho que estava chegando. O menino tratou de fazer a vontade da mãe e começou a recolher as folhas quando uma cobra venenosa o picou abaixo do joelho. Apavorado, o pequeno índio correu para sua mãe, chorando muito. Ela calmamente o acariciou falando.

– Vê aquelas plantas ali adiante? Apanha um punhado de folhas e me trás. O menino obedeceu e trouxe-lhe as folhas que ela começou a mastigar até que virasse uma papa homogênea. Pediu-lhe que

apanhasse umas folhas mais largas de uma outra planta e algumas tirinhas de Imbira com as quais improvisou uma atadura em volta do ferimento. Algum tempo depois retomavam sua jornada e o menino nem lembrava mais da mordida da cobra.

Ele agora tinha quase 40 anos e vivia numa reserva em uma área próxima ao município de Rio Pardo. Eu ouvi esta história narrada por ele em uma conferência sobre direitos dos índios, no clube literário, um centenário edifício na cidade. Ele finalizou sua narrativa perguntando.

– Sabem que folhas minha mãe usou para neutralizar o veneno? Maconha. Uma erva com muitas propriedades curativas que o homem branco transformou em droga. Hoje, se precisarmos de uma folha para

fazer um chá, corremos o risco de ser presos. E para encontrá-la será quase impossível porque estará escondida.

Nota: Cânabis (português brasileiro) ou canábis (português europeu) (do gênero Cannabis), popularmente maconha, marijuana,[1] ganja (do sânscrito गांजा, transl. gañjā, "cânhamo") ou suruma (emMoçambique#002BB8"">[2]) refere-se a um número de drogas psicoativas derivadas da planta Cannabis.

A forma herbácea da droga consiste de flores femininas maturas

e nas folhas que subtendem das plantas pistiladas (femininas).

A forma #002BB8"">resinosa, conhecida como #002BB8"">haxixe,[3] consiste fundamentalmente de tricomas glandulares coletados

do mesmo material vegetal.

O principal composto químico psicoativo presente na cânabis é o Δ9-tetrahidrocanabinol (delta-9-tetrahidrocanabinol),[3] comumente

conhecido como THC - cuja concentração média é de até 8%,

mas algumas variedades de maconha (cruzamentos entre a espécie Cannabis sativa e a Cannabis indica) comumente conhecidas como skunk ("cangambá", em inglês) produzem recordes na marca de 33% de

THC. Pelo menos 66 outros canabinóides estão presentes na Cannabis, como o canabidiol (CBD) e ocanabinol (CBN), muitos dos quais causam interações psicoativas.

O consumo humano da cânabis teve início no terceiro milênio a.C..[4] Nos tempos modernos, a droga tem sido utilizada para fins recreativos, religiosos ou espirituais, ou para efeitos medicinais. As Nações Unidas estimam que cerca de quatro por cento da população mundial (162 milhões de pessoas) usam maconha pelo menos uma vez ao ano e cerca de 0,6 por cento (22,5 milhões) consomem-na diariamente.[5] A

posse, uso ou venda da maconha se tornou ilegal na maioria dos países do mundo no início do século XX; desde então, alguns países têm intensificado as leis que regulamentam a proibição do produto, enquanto outros reduziram a prioridade na aplicação destas leis.

O consumo da maconha parece não ser dos males o pior. A não ser pelo fato de constituir-se em uma porta de entrada para o submundo das drogas mais pesadas.

Não entendo como um idiota se deixa envolver, sabendo o que acontece com um viciado. Um ditado chinês diz: “Se você for por uma trilha já conhecida, só conseguirá chegar onde outros já estiveram” Eles sabem onde os outros já estiveram ou estão. Mesmo assim se deixam levar. O idiota consumidor é o verdadeiro responsável pelo poder do crime organizado. Mas a lei, ( não sei se já foi votada) veta a prisão do consumidor. Assim se você for apanhado com

droga, basta alegar que é consumidor.

Lauro Winck
Enviado por Lauro Winck em 04/06/2010
Reeditado em 09/05/2020
Código do texto: T2299886
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