A Dama de Ferro

No período de 1979 a 1990 a Grã-Bretanha teve como primeira ministra a Sra. Margareth Thatcher, que ficou conhecida como a Dama de Ferro, pela maneira como fazia valer a sua autoridade. Interveio no conflito das Malvinas, a guerra entre a Inglaterra e a Argentina, em 1982, tendo sido reeleita para o mesmo cargo, em 1984, permanecendo no poder durante 11 anos.

Aqui no Brasil, o marechal Floriano Peixoto, que sucedeu o também marechal Deodoro da Fonseca, ficou conhecido como o Marechal de Ferro, por ter enfrentado a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul. Assim, esse “ferro” vem caracterizar o poder da autoridade, não se curvando a ameaças. Mas, agora, em plena democracia, o poder da autoridade está em saber utilizar a sua habilidade para evitar conflitos, não recorrendo ao uso da força. Prestes às eleições para os poderes executivo e legislativo, presidente e governadores, senadores, deputados federais e estaduais, seria de bom alvitre analisarmos essas qualidades nos candidatos. Aqueles que irão priorizar a habilidade diplomática, seguindo o pensamento de que “a caneta vale mais do que a espada, a inteligência pode mais do que a força bruta”. Os tempos mudaram. Já não se confunde mais “autoridade com autoritarismo”. Outubro vem aí. Nem Dama de Ferro nem Marechal de Ferro. Inteligência e competência para governar ou legislar. E ficha limpa de seus candidatos. É hora de dizer: “tolerância zero em corrupção”.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 24/05/2010
Código do texto: T2276921
Classificação de conteúdo: seguro