MAMÃE CALMA

Enquanto o mundo desaba sobre nossas cabeças, uma linda menina que mora no Rio de Janeiro e que neste mês de maio de Maria, completa 8 anos. Fez para seu colégio uma redação ''A PAZ".

Veja que bom espírito está sustentando esse invólucro pequenino escreveu. "Em minha casa há muita paz. Hoje no mundo há pouco paz. Tem muita violência e também muito tiroteio nos morros, porque as pessoas querem o que elas não tem. E isto acontece porque elas não tem trabalho, pois muitas vezes não tiveram a oportunidade de estudar.

Se todos puderem estudar terão a oportunidade de trabalhar e poderão comprar suas coisas e não terá violência. Haverá PAZ NO MUNDO.'' ASS: LUIZA GUEDES.

Veja como o espírito comanda a matéria. Nós tão grandes no tamanho não sabemos a solução para os problemas SOCIAIS. Somos ambiciosos, mentirosos, nem entendemos para onde ir e vir. Existe uma força maior, DEUS que é como o vento: Não vemos mas sentimos.

Os pais desta menina não devem usar chibatas, muito menos beliscões, castigos e estão naturalmente sempre presentes com alegria, músicas e altruísmo. Mãe, o que a criança precisa é equilíbrio.

Você adulto pensa alguma coisa do passado bem distante. Já encontrou no cantinho da memória? Criança que vive no desespero, a cabeçinha está cheia de ansiedade, tristeza, rebeldia, porque os condutores são desavisados e frios.

O PROBLEMA DO MUNDO É CULPA NOSSA.

Está chegando o segundo domingo de maio. O que fazer neste dia com as mãezinhas sofridas? Ver seus filhos, pai, mãe e irmãos ESMAGADOS pela falta de amor dos governantes que não lhes dão estrutura para arrumar seus morros! FRANCAMENTE!...

Ainda falam abertamente do problema como se tivessem para oferecê-los um campo florido, sólido para colocar seus barracos.

Chegam sem nada para cidade grande. Famílias inteiras atemorizadas com frio, fome e se estendem a mão são escorraçados. Que horror!

Todo mundo é ladrão?

Para onde vai nosso dinheiro? As lagrimas dos nossos pobres descem cheias de lama pelas encostas misturando nas COSTAS largas que desviam toda a possibilidade de cuidado e ajuda. É como os carros nas estradas da MORTE. Tanto acidente! ...

Oh, Mãe! Como fazer quando seu peito jorrar o leite que seu sangue o transformou na brancura do jasmim? Não vai encontrar as lindas boquinhas sugando num amplexo mais aconchegante da amamentação. Seu ser está vermelho, viraram gotas escarlates como o azorrague no corpo dos nossos cativos, deixando marcas enormes na alma. É um cativeiro. E não encontramos liberdade na SOCIEDADE fria e despreocupada. Só marmanjos mamando descaradamente e lavando as mãos no sangue do inocente como PILATOS com Jesus. É difícil até para doar, os ''sem terra'' organizam sindicatos, roubam, matam, passam maquinas para destruir LARANJAIS.

Meu Casimiro de Abreu, você no exílio em Portugal pensando no Brasil escreveu: '' Se eu tenho de morrer na flor dos anos, meu Deus, não sejas já eu quero ouvir na LARANJEIRA a tarde cantar o SABIÁ.'' E você nem sabia que acabou a beleza e a doçura das laranjas, estão amargas, faltam o adubo do respeito e hombridade para que possamos não nos deleitar ouvindo as notícias infiéis. Sabemos que a lei É CEGA. Tateiam não com caridade mas como feras devorando com as presas do egoísmo promessas não compridas, atordoando mais a cabeçinha do aposentado e os deixando sofrer.

Um livro da minha MÃEZINHA ''Florilégio cristão'' é uma coleção de flores e autores diversos. Tem uma poesia de Alfredo Mignac, assim:

''Maria Magdalena foi ao sepulcro bem cedo visitar Jesus. Levou sua alma cheia de medo. Temia a guarda era ainda escuro. Flores ao braço balsamo olorante. Viu um vulto e pensou: ''É o jardineiro."

Baixinho falava: "Ele que era tão santo. Da MÃE triste e aflita estancou tanto pranto. A doce criançinha a cabeça afagou tantos males tantas dores nos livrou. Eu era mulher do mundo, me deu o seu amor profundo.'' Depois de tanto chorar como nós por vocês MAMÃES, descobriu Jesus. Ele falou: "Maria! ... Cheia de ventura ajoelha e o adora."

Meu Deus o que se pode falar para as mães das tragédias? Maria encontrou Jesus ressurreto, vocês sentirão os filhotinhos no cantinho silencioso do coração. Antes de acontecer os anjos os seareiros samaritanos de NOSSO LAR, estância que tem a creche mais florida, já os avia levado, não sentiram nada!

Nossa senhora viu o seu filho com a coroa de espinho, pés e mãos com pregos, o peito rasgado que ainda está aberto para colocarmos as dores, sofrimentos, saudades e agonia. Não conseguimos adentrar as almas estilhaçadas. Só pedir força para carregar nossa cruz.

Não esqueçam gente, só vamos precisar de sete palmos, consciências tranquilas para não ficarmos insepultos. Por que tanta ambição? Minhas irmãs olhar para o alto acenar para as estrelas janelinhas do céu, e falar: "Meus filhinhos se cuidem um dia vou beijá-los novamente, dar colinho, ouvir chorinho, gargalhadinhas. O coração está batendo com o seu novamente, está ouvindo o MEU?

Grande amor, pelo dia das mães sinta meu abraço, meu calor, te amo, te amo.

Feliz dias das mães para os meus amiguinhos que me aceitam no RECANTO DAS LETRAS. Beijos da MAMÃE com açúcar que é toda VÓVÓ.

Junia Rios
Enviado por Junia Rios em 07/05/2010
Reeditado em 30/05/2010
Código do texto: T2242816
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