A SAÚDE NA VELHICE

A SAÚDE NA VELHICE

É comum, ouvir alguem dizer: há vou morrer mesmo, então me deixe fazer o que gosto; fumo uma carteira de cigarros por dia, bebo meia de pinga, como carne gorda à vontade. Meu pai comia toucinho cozido no feijão pé de porco e morreu de velho. Se dane o médico, a vida é minha, tô nem ai se os diabetes estão elevados.

Só que, seu pai pode ter sido um caso raro de longividade, um dos poucos a ultrapassar a casa dos cinqüenta anos. Seus colegas se foram todos com quarenta e cinco ou cinqüenta, simplesmente pelo fato de não se cuidarem, entupiram as coronárias e morrem de infarto.

Os médicos fás a parte deles como profissionais, cabe a você acatar ou não sua orientação, não fazendo isto, para o médico não há diferença. A vida é sua, e ele está de mãos lavadas, e com a consciência tranqüila. Ainda vai lamentar no seu velório, por você não tê-lo ouvido.

Quando criança eu imaginava que quarenta, e cinqüenta anos eram vidas longas, se chegasse nesta idade estava de bom tamanho. O tempo não corria com tamanha velocidade, às horas pareciam mais longas.

Com á modernização o tempo embarcou na técnica on line, e a vida passa tão rapidamente, que ninguem percebe, não temos tempo para envelhecer, se o fazemos nem percebemos, num estalar de dedos estamos idosos. Aliás, velho agora é a partir dos oitenta, e mesmo assim são aqueles que estão no mínimo, dez anos a nossa frente. Cinqüenta anos hoje é muito pouco, após essa tomada de consciência e os cuidados que recebemos por parte da medicina moderna. Com a nossa expectativa de vida alongada, E com tantas maravilhas existentes à nossa disposição. Morrer mais cedo deixa um grande pesar.

Até 1988 minha preocupação foi apenas com o trabalho. Um pequeno distúrbio levou-me a procurar o médico. Ficou constatada pressão alta. Segundo o diagnostico, teria eu que usar medicamento continuamente. Como essa anomalia não apresenta nenhum sintoma, não dei valor ao fato, e continuei trabalhando da mesma forma, de quinze a dezessete horas por dia. Beber e fumar nunca foram meus hábitos, mas a alimentação era ingerida, tudo que vinha, quanto mais gorda e insalubre melhor. Em 2.000 outros pequenos distúrbios, provocado por um sinal de A.V.C. me levou a cinco dias de férias forçadas no hospital. Foi um bom alerta, assustado fui ao Médico. Fez um checape. Resultado; a pressão alta, que há doze anos se manifestou, mas não foi controlada, havia me lesado trinta por cento de um rim. Por sorte as caminhadas que fora recomendada pelo médico e não foram interrompidas me salvaram parte do sistema renal.

Em 2.002, problemas, dificuldades nas caminhadas, dores nas costas e no peito. Procurei o médico e disse a ele, suspeitar ser a coluna, ele me respondeu: - coluna que nada, isso é seu encanamento entupido. Feito os exames, o resultado foi ser submetido a uma cirurgia, três safenas e duas mamárias.

Atualmente sinto-me bem, trabalho moderadamente das seis da manhã até as vinte horas. Controlo minha alimentação, pratico uma hora de caminhada, sou rigoroso no uso de medicamentos. Convivo bem com minhas limitações de saúde. E como lazer, embora sem muitos recursos literários, me distrai neste Recanto. Com grande prazer. Recebo com muita alegria os comentários de meus amigos que são verdadeiros anjos, e me fazem sentir gratificado por tê-los como amigos, os quais eu registro aqui meu abraço e minha gratidão. E em especial ao também recantistas residente em Divinópolis “J Ferreira”, meu conterrâneo e amigo. Foi graças a ele, por sua indicação que me deleito aqui neste paraíso. Recomendo aos meus amigos e leitores uma visita a sua escrivaninha. Em especial àqueles amantes de um bom cordel, irá com certeza deliciar em seus textos.

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 05/05/2010
Reeditado em 05/05/2010
Código do texto: T2238238
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