INSETO

INSETO

É nesta sistemática atuação situação sintomática que eu e a imensa parafernália de insetos devoradores deste planeta colorido enceno e aceno para o nada nesta peleja do eterno eu contra mim mesmo, mesmo indiferente, cor de azedo, prestes a explodir, disparo palavras e palavrões sem nexo, louco de varrer, lambuzando-me com tantas cenas dantescas, neste pomar de frutas estragadas.

Comer ou não comer? Devorar ou não devorar? Interrogo-me, inseto, comedor, quanto mais (QUERO MAIS) melhor, glutão, avanço, apetite de leão, boca de hipopótamo, sobre a mesa repleta, inseto, como tudo.

A característica marcante de um inseto é a tamanha proliferação de pensamentos distorcidos, que não foram filtrados, enfiados goela a baixo, tônico, dizem, revitalizante, e a minha mente, disfarça, engana a vida com tantas idas e vindas, buscas, por comida, sobrevivência da carne, espírito de porco, vida surreal, o Salvador é Dali? Ou daqui?

Esta estória, novela incrustada neste ferro velho de lembranças que atrasam meu passaporte para o grau mais elevado de não me enferrujar com estes malucos fatos cotidianos nos degraus da fama, lama, QUERO MAIS, melhor, devorar tudo, mesmo, animal, vegetal, mineral, comer tudo, rápido, fast food, de A a Z.

Estes pensamentos avassaladores dos insetos contaminam meu diário/ficha, catalogada e postada em diversos níveis no quadrante possível no qual me encontro vírgula paisagem indefinida e inimaginável porquanto não é necessário apelar ao papa ou ao presidente ou ao chanceler etcétera e tal, tal qual previu nos momentos ISOLADOS vividos no deserto longe de toda esta progressão de armas e cimentos e componentes eletrônicos importantes para o desenvolvimento desumano e da iniciativa privada e das indústrias e banqueiros e lordes dos negócios da china, império provido de sustentáculos que abarcam todo o planeta quiçá o universo, universidade de insetos devoradores, comem tudo, tudo mesmo.

Não mereço tantas informações e não quero dilapidar minha pequena fortuna de pequenas palavras cultivadas nesta singular plantação nos fundos do quintal imaginário dentro do meu lote que nunca tive por pura precaução antiproprietária, nesta nave carregada de insetos, desligada do sistema solar galáxias e galáxias para percorrer, comer, inseto.

O socorro virá dos céus, certamente, daqui é que não será, também quem mandou acreditar em tantas ficções, estórias sem pé nem cabeça, NEM, principalmente, cérebro, fantasias de tirar o fôlego, projeções cinematográficas, estúdios maravilhosos, os olhos ficam maravilhados, com o lucro, nesta terra de insetos, o que poderia se esperar além disto, insetos devorando tudo todo o planeta, quiçá o futuro, o surreal, o infinito, o sonho.

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 21/02/2010
Reeditado em 21/09/2013
Código do texto: T2100053
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