TUDO QUE IMPORTA ESTÁ PERTINHO
Ainda cansada da viagem, o sono pela metade, o sol por vir e o barulho na sala ao lado. Barulho de coisas caindo, de pássaros voando apressados, e um barulhinho arfante...
- É você Dagger?!
- Sim!
- Que barulho foi esse?
- As canetas caíram no chão.
- Por que você quer caneta?
- Para riscar umas coisas. Posso entrar ai?
- Pode.
Ele entrou e me mostrou uma lista.
- Você não pode riscar nada ai, querido.
- Eu só quero riscar o nome do baby que cresceu malvado.
- Mas todo baby já foi bom um dia.
- Mas um dia não vale por toda vida.
- Mas não precisa riscar. A gente perdoa, ignora e pronto.
- Mas se eu riscar talvez você fique menos triste
- Eu estou alegre! O passarinho não te contou que meu natal foi lindo?! - Contou sim. Mas a gente pode riscar aquele baby malvado, não pode?!
- Se você faz tanta questão, pode sim. Mas lembre-se que o mal some por si, ele não mora aqui e da nossa parte já somos felizes sem alardes e sem lamúrias. Pense só em coisas boas, Dagger!
- Se ele não esquece deve ser que sente nossa falta.
- Sim! Claro! Mas sentir nossa falta não significa nos merecer.
- I Love you
- I Love you too.
- Posso riscar por enquanto?!
- Claro que pode!
- Depois volte aqui que teremos muitas histórias em 2010
- Mas ainda está longe...
- Não, Dagger! 2010 está pertinho.
- Que nem eu estou de você agora?!
-Que nem estamos pertinho sempre.