A NATUREZA ESTÁ MORRENDO

A NATUREZA ESTÁ MORRENDO

Quando reparamos, nós que já temos certa vivência e acompanhamos esse quadro de fenômenos por muitos anos, nos movimentos dos astros nas quatro estações do ano, notamos que eles sempre se conduzem como há cinqüenta anos atrás. Enquanto no verão o sol está mais a pino e mais perto da terra e, por isso, produz mais calor, gradativamente – no outono – vai distanciando-se até o médio inverno para resfriar o nosso lado do planeta, quando começa a se a aproximar novamente durante a primavera até fazer calor novamente com a aproximação do verão. Para nós não é difícil de entender porque já reparamos tantas vezes nessa manobra que isso já se tornou parte do nosso dia-a-dia. O que a gente não entende direito, ainda, mesmo depois de velhos, que este mesmo verão, outono, inverno e primavera, estão sendo quase iguais em temperatura, e, com essa maneira de conduzir-se, provocam as florações precoces, fora de hora, e a ausência ou demasiada presença das chuvas. Faz frio durante a primavera e o verão, como também, faz calor (e que calor!) durante o inverno.

Ouve-se muitas vezes aqui ou ali as pessoas dizerem que a natureza ficou louca. Não é verdade! Quem ficou louco, ambicioso, necessitado de (progresso?), desleixado e mórbido, é o ser humano. Transformou esse cenário tão lindo e rico, e propício para a festa da vida, num antro de morte e destruição, fazendo do Planeta Terra um enorme hospício.

Se quisemos retomar a sanidade da vida do planeta, precisamos urgentemente reformar a nossa própria cabeça para retornar ao modo antigo e sensato de agir. Visar o progresso, sim, que este faz parte das leis de Deus, mas um progresso sustentável. Precisamos urgentemente mesmo, não só pensar em nosso bem-estar do aqui e agora, em acumulando sempre mais e mais riquezas para nós, individualmente, não importando o rastro de destruição que deixamos em torno dessas riquezas, sem potencial de recuperação. Não importa sejam elas (as riquezas) constituídas de grãos, de animais para o abate ou qualquer tipo de indústria. Há necessidade premente de conscientização de que o mundo não termina com a nossa morte; que temos filhos, e esses filhos terão os seus e assim, sucessivamente, haverá muitas gerações após nossa partida para o mundo invisível que necessitam deste mesmo planeta VIVO, para gerar a própria vida. A grande família que forma o gênero humano recebeu das mãos do Criador a inteligência, ao que parece, foi para enxovalhá-la de cobiça. Os animais brutos, que não receberam inteligência, mas cujo instinto de sobrevivência às vezes é mais ativo que a inteligência dos homens, também não sobrevivem num planeta morto. E, neste embalo, sequer os vegetais sobrevivem, tornando este mundo uma esfera desertificada.

A água é dos elementos da natureza que, sem ele nada se reproduz. O desmatamento incontrolado, as queimadas desnecessárias, a poluição sob todas as formas que vem sendo permitida pelo (inteligente) ser humano, e os gases enviados para poluir a atmosfera, tudo isso somado gera o desmantelamento do sistema aqüífero e, em poucos anos, o Planeta Terra não terá mais água potável... e morre. E nós todos moremos com ele!

Terá, pois, de conscientizar-se a humanidade da necessidade urgente de preservar a qualquer preço aquilo que ainda temos. Se a lei é de que todos temos que fazer a nossa parte nessa luta, que tal nós catarinenses começarmos aqui, na nossa casa; na bela e Santa Catarina e, mais precisamente no oeste, em nossa terra; em nossa indústria; na nossa produção de suínos e aves; em nossa transformação dessa matéria prima em alimentos, cumprindo o dever de casa. Que tal?

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 04/10/2009
Código do texto: T1847117
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