S O C O R R O ! ! !

Invencionices. Frases pra lá de Bagdá. Frases sem efeito. Palavras soltas e livres e soltas. Fases malucas. Não tenho mais controle sobre a caneta, o teclado me domina, vou embora, embora permaneça.

Olha! Olha a velocidade da Luz! Está além do limite permitido. Outro dia, ou será o mesmo?

Olha. Olha o tamanho do A! É o bicho.

Me concentrei e treinei meu cérebro para celebrar tudo de bom que acontece comigo, mesmo eu não estando presente. O passado chegará em breve. Pegando carona no tempo, que é super-relativo, estou molhado. Vou enxugar o passado, passar o presente a limpo, para no futuro me apresentar melhor. Se bem que não me preocupo não. Aparências enganam e desenganam, sempre. Apareço e desapareço em questão de fração de segundo, como se eu não existisse. Um século para mim, não existe, não existo.

Sou o escravo mais livre que esta vida já produziu. E as outras? Você acredita? Que tal, já se escondeu atrás da poltrona assistindo filme de terror? Um horror.

Tenho que mudar de assunto, urgente! A necessidade urge.

O animal está prestes a dominar o sapiens, enquanto o tempo, irreal, força a barra, empurra, esfrega, joga todo mundo de um lado para outro, você acredita?, assustadoramente.

Que pena! Que peninha! Que peninha de galinha! O que este bípede emplumado tem a ver com tudo isto? Nada. Peixe. Filho de. Peixinho é. É responsabilidade absoluta do dono. Quem mandou emprestar o que não presta. É sempre assim, a corda sempre arrebenta do lado do mais forte, fraco de quem acredita nesta fábula. Não tem início, não tem fim, não tem meio, de se locomover, como fugir?

Não adianta, as palavras me dominaram.

Socorro!

florencio mendonça
Enviado por florencio mendonça em 16/09/2009
Código do texto: T1813240
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