Por que hoje é dia de Rock

O rock embalou os sonhos de nossa geração.

Corriam os anos sessenta e uma mimese brasileira gerou a Jovem Guarda.

Era o rock adolescente de Roberto, Erasmo e tantos outros.Época de mandar tudo para o inferno e andar numa caranga, mora?

Tempos de usar calça Topeka e portar um boné do Calhambeque.

Adiantando os ponteiros do tempo, surgem os hippies e o disco branco dos Beatles. Sons de cítara e incensos, mixados a Janis Joplin & Jimi Hendrix. Lisérgica convivência.

Em Porto Alegre, apenas os ecos disso tudo.Os últimos bondes, ainda, rodavam pela cidade. Os cabeludos eram chamados de vagabundos e as meninas de família queriam casar com um "bom partido".

Como contraponto, o som pesado do Black Sabbat e Deep Purple.

Logo, outras tribos sonoras apareceriam. Traziam, em sua bolsa à tiracolo, o rock progressivo de Pink Floyd e Emerson Lake and Palmer. Música para animar viagens psicodélicas, a base de uma erva galhuda, mal-cheirosa e que dá barato, sim.Conforme, anos depois, falaria o profeta/cantor gaúcho Nei Lisboa.

E a canção rolava...apesar de você, da ditadura, a turma embalava a vida com rock on the rocks e umas doses da boa Música Popular Brasileira. Uns goles de Mercedes Sosa e a festa estava garantida.

Os anos oitenta entraram embalados na trilha sonora do rock-pop.The Police, The Cure, Simple Red e tantos outros, numa versão já mais comportada. Afinal o rock estava fazendo trinta anos...

No Brasil, assistia-se a emergência de bandas como Barão Vermelho, Legião Urbana, Lobão e os Ronaldos, Lulu Santos, com a proposta de fazer pensar...e dançar.

Neste ano da graça de 2004, o rock completa 50 aninhos.

Está um senhor maduro, mas não perdeu sua face de rebeldia.

Garçom, por favor, põe duas doses de Pink Floyd e uma de Led Zeppelin.

E deixe a festa rolar...