Estou esconfiada que fiquei louca !

Desculpas ao leitor, mas estou desconfiada que fiquei louca.

A sensação que tenho é que moro em uma terra muito, mas muito distante e o que escuto e vejo do outro lado do oceano é uma lenda. E, penso comigo, não existe.

Sou brasileira, natural de Santa Catarina há 43 anos, desses 43 anos 03 moro em Portugal, há 15 sou professora e 25 eleitora. Só que no meio desse trajeto todo, entre um andar e outro, devo ter enlouquecido ou morrido e não percebi. Sim, porque muitas pessoas ficam loucas ou morrem e somente se dão conta, quando se dão, muitos anos depois, deve ser o meu caso.

Não gosto de política, digo de politicagem e estou completamente pasmada com o que leio sobre o Brasil. Diriam alguns que ao invés de falar eu deveria estar em meu país ajudando a melhorar. Na verdade estão certos, todavia tive de sair para poder estudar em uma Universidade Publica, da Europa, porque um mestrado ou doutorado no Brasil não há quem pague e nas Universidades Públicas não há quem entre, quero dizer sem um bom “amigo”, antigamente era um bom projeto.

Mas, falava da politicagem, e sinceramente penso que enlouqueci.

Nunca vi na história do Brasil, durante esses 43 anos, algo tão parecido e vergonhoso.

Penso que Arnaldo Jabor usou a palavra mais correta para definir o presidente da republica do Brasil, “Nojento”, sim, ele é nojento. E antes de traduzir o nojento quero dizer que se vocês precisarem de qualquer coisa, do consulado brasileiro, em Portugal, esperem o pior atendimento e sempre precisarão gastar para ter uma documentação. O Consulado do Brasil, em Portugal, não deve ser diferente nos demais países, não serve para nada a não ser fazer a ponte entre você e o orgão do Brasil que você precisa da documentação, mas aí bem sabemos que não precisamos de atravessadores, podemos ligar para nosso familiar ou amigo, mandar uma procuração e ele faz para gente, afinal, confiar nos familiares, diante dessa politicagem que se ergueu, ainda é melhor. Logo, não conte com o consulado para nada, a menos que queira ficar em filas, pagar documentos, pedir documentos que outros orgãos solicitaram, sim, porque são todos farinha do mesmo saco, logo um precisa do documento que o outro fornece. Minto, perdão! É que estou meio confusa em saber ao certo se morri ou fiquei louca, mas o consulado serve sim, serve para empregar aqueles que conhecem os outros que são parentes dos outros e etc. Quem não cuida do seu povo dentro do próprio território, imagina fora! Funcionalismo Publico é, sem dúvida alguma, o câncer do mundo.

Entretanto, voltando para Arnaldo Jabor, penso que ele definiu exatamente o que o presidente da republica brasileira é. E, o que mais nos dá nojo é saber que era um homem do povo, alguém que passou fome, que subiu palanques, que defendeu a idéia de uma sociedade justa, que garantiu que o povo seria respeitado.

Claro, bem sabemos a velha história, ninguém governa sozinho, verdade, o povo está atrás disso, reelegeu o que aí está.

O comando da presidência da republica brasileira, lembra-me aquelas vésperas de eleições, nas quais os candidatos oferecem tijolos, telhados, comida, transportes, para terem os votos. Hoje, “lulinha” faz isso, da bolsa escola, da bolsa família, da o diabo a quatro, só não entendeu ainda que o brasileiro não precisa de auxílio, que o brasileiro não precisa de esmola, mas sim de uma condição digna de trabalhar, viver e morar bem e por mais que ele na sua inteligência de “lulinha” tente dizer que essa é a melhor condição para o brasileiro, eu prefiro acreditar que enlouqueci ou morri.

Meu senhor do bonfim, parece que agora a história se repete, quando era da turma da direita era porque era da turma da direita, agora que entrou a turma da esquerda a história é a mesma. Alguém pode me dizer o que se passa?

Não quero falar em educação, porque se eu puxar pela educação, não paro mais de escrever, nem consigo dormir e nem comer, coisa que meu povo não precisa escrever para sentir.

Somente um louco defenderia uma guerra, somente quem nunca participou de uma guerra poderia pensar que a solução do Brasil é uma guerra civil, na qual o povo acabe com toda essa corja de sem vergonhas que colocaram suas barracas no planalto brasileiro.

Lamento muito tudo que esteja acontecendo no Brasil, lamento muito ler o que leio todos os dias, o que vejo todos os dias, o que sinto todos os dias e o que mais lamento, ninguém faz nada.

Minha dupla cidadania alemã parece me chamar cada vez mais para abandonar a brasileira, devo ter ficado maluca mesmo ou morri.

Quero registrar aqui o meu solidario “nojo” ao “nojo” do Arnaldo Jabor e dizer que desejo ao "lulinha" e sua família, exatamente, tudo que ele proporciona ao povo brasileiro, só que com uma diferença, desejo para as próximas dez gerações. E, desejo mais uma coisinha para o "lulinha" também, uma cadeira, ao lado de Fernando Collor de Mello e José Sarney, na Academia Brasileira de Letras.

Corja de Imortais!

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