MAS...
(da minha obra Chega?!.).
MAS, tão pequena palavra que implica seriamente na defesa, acusação, tolerância e até mesmo no veredito final.
A mãe dizia à terapeuta que o filho era viciado em drogas, não trabalhava e não estudava. Encerrando, acrescentou:
— Toninho é tudo isto, MAS... ele tem um coração de ouro.
Existe o Mas do rapaz que massageia o ego da jovem apaixonada e, ao fim, esmaga seu coraçãozinho, dizendo:
— Tenho por você profunda admiração, atração física, carinho e amizade. Você é uma moça bonita e inteligente, MAS... vou me casar com Daniela, pobrezinha! Ela está grávida.
Há também o MAS de um político.
— Candidatei-me pelo PSDB, MAS o meu partido mesmo é o PT. É este o “mas” que não compreendo! MAS...
Na confiança e fé:
— Entreguei nas mãos de Deus, MAS fui em uma mãe-de-santo da hora!...
No preconceito:
— Ele é negro. MAS é um negro de alma branca. Ou então... MAS deixei de ser branco para ser franco.
Na delegacia da mulher:
— Meu marido me bate, não trabalha, bebe, é um mulherengo MAS, Graças a Deus, nunca matou nem roubou.
Como se ele não tivesse matado ou roubado a vida da pobre mulher!
A safadinha:
— Posso ser a maior galinha, MAS amo meus filhos!
Velho babão:
Um velho babão, derramando a baba na dignidade da jovem:
— Este carro é um singelo mimo que lhe ofereço, MAS faça deste velho o jovem de cinqüenta anos atrás.
Defendendo um assassino:
— Ele matou, Mas foi em legítima defesa, ou em defesa da honra.
Forma avessa:
— Adoro padre, MAS sem sermão e, de preferência, sem a batina!
No trânsito:
— O senhor estava trafegando a mais de cem por hora pelo acostamento e sua carta está vencida, MAS, dependendo, podemos dar um jeitinho!
Mulher sábia:
— Meu marido me traiu com minha melhor amiga. Estou desapontada, MAS minha inteligência se recusa a permitir que eu prove o dissabor do sofrimento.
Pessoa insatisfeita:
— Odeio viver, MAS não quero morrer.
Juliana, minha filha, exclama:
— Fiz jornalismo MAS queria mesmo era ter feito medicina!
E por que não fazer medicina?
Consolo de uma “burra” egocêntrica:
— Posso ser uma mulher burra, MAS tenho mais de meio "parminho" de cara bonita. E isso não conta?
Ditado usado por Sr. Ronan, meu querido pai:
— A vida é dura. MAS é dura para quem é mole.
Louco cônscio:
— Sou louco. Sou sim! MAS... quem não é?
Entretanto, todavia, em compensação, contudo, porém, apesar de tudo e o MAS são ligações adversativas que assumem um caráter defensivo ou sugestivo em determinadas situações, tornando o problema menos aflitivo.
Mas penso que seria cruel se essa palavrinha e seus correlatos fossem excluídos do dicionário. MAS... não é mesmo?
(da minha obra Chega?!.).
MAS, tão pequena palavra que implica seriamente na defesa, acusação, tolerância e até mesmo no veredito final.
A mãe dizia à terapeuta que o filho era viciado em drogas, não trabalhava e não estudava. Encerrando, acrescentou:
— Toninho é tudo isto, MAS... ele tem um coração de ouro.
Existe o Mas do rapaz que massageia o ego da jovem apaixonada e, ao fim, esmaga seu coraçãozinho, dizendo:
— Tenho por você profunda admiração, atração física, carinho e amizade. Você é uma moça bonita e inteligente, MAS... vou me casar com Daniela, pobrezinha! Ela está grávida.
Há também o MAS de um político.
— Candidatei-me pelo PSDB, MAS o meu partido mesmo é o PT. É este o “mas” que não compreendo! MAS...
Na confiança e fé:
— Entreguei nas mãos de Deus, MAS fui em uma mãe-de-santo da hora!...
No preconceito:
— Ele é negro. MAS é um negro de alma branca. Ou então... MAS deixei de ser branco para ser franco.
Na delegacia da mulher:
— Meu marido me bate, não trabalha, bebe, é um mulherengo MAS, Graças a Deus, nunca matou nem roubou.
Como se ele não tivesse matado ou roubado a vida da pobre mulher!
A safadinha:
— Posso ser a maior galinha, MAS amo meus filhos!
Velho babão:
Um velho babão, derramando a baba na dignidade da jovem:
— Este carro é um singelo mimo que lhe ofereço, MAS faça deste velho o jovem de cinqüenta anos atrás.
Defendendo um assassino:
— Ele matou, Mas foi em legítima defesa, ou em defesa da honra.
Forma avessa:
— Adoro padre, MAS sem sermão e, de preferência, sem a batina!
No trânsito:
— O senhor estava trafegando a mais de cem por hora pelo acostamento e sua carta está vencida, MAS, dependendo, podemos dar um jeitinho!
Mulher sábia:
— Meu marido me traiu com minha melhor amiga. Estou desapontada, MAS minha inteligência se recusa a permitir que eu prove o dissabor do sofrimento.
Pessoa insatisfeita:
— Odeio viver, MAS não quero morrer.
Juliana, minha filha, exclama:
— Fiz jornalismo MAS queria mesmo era ter feito medicina!
E por que não fazer medicina?
Consolo de uma “burra” egocêntrica:
— Posso ser uma mulher burra, MAS tenho mais de meio "parminho" de cara bonita. E isso não conta?
Ditado usado por Sr. Ronan, meu querido pai:
— A vida é dura. MAS é dura para quem é mole.
Louco cônscio:
— Sou louco. Sou sim! MAS... quem não é?
Entretanto, todavia, em compensação, contudo, porém, apesar de tudo e o MAS são ligações adversativas que assumem um caráter defensivo ou sugestivo em determinadas situações, tornando o problema menos aflitivo.
Mas penso que seria cruel se essa palavrinha e seus correlatos fossem excluídos do dicionário. MAS... não é mesmo?