Passando...

Outono galopa feito corcel selvagem, indiferente aos nossos passos

lentos ainda em direção à consciência coletiva. Em sua crina macia

debruçam-se haveres, sonhos, cristais.Seguem-lhe, com corpo doído,

as senhoras dos tempos, donas das horas. Em seus rostos de anciãs

resta a suavidade do eterno.

Afligimo-nos, pertencentes ao pluriverso somos.

Reversos atravessam-nos... Atrevemos-nos ?

A neblina como licor derrama-se entre nós e a lua.

Aquarela lenta desenha-se sobre o gramado e,dormimos, acordamos,

comemos, banhamo-nos de sóis fugazes com a mesma, ainda, ilusão

de que são eles que por nós passam; velozes, audazes, astros

portadores de silêncios e eloqüentes ocasos ...

virgínia f. além mar

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 06/06/2009
Código do texto: T1634734
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