DEZ PARA MEIA-NOITE

DEZ PARA MEIA-NOITE

Marília L. Paixão

O frio não substitui o calor de nenhuma lembrança.

Nenhum calor também consegue cobrir totalmente o frio.

Talvez se você estivesse aqui tudo seria diferente. Talvez até a bandeira brasileira ganharia mais cores.

Mas vamos falar do amanhã.

Que não sei quanto tempo faz sua notícia virou página do velho calendário. De qualquer forma tem tantas coisas que me lembram você, principalmente meu sorrir ou chorar e ás vezes o seu nome transforma o chorar em alegria. Era bonita a nossa vida.

Agora vamos falar de hoje.

Estava lendo sobre o avião que desapareceu no mar. E voei para nossas despedidas no aeroporto. Bom hoje te imaginar em casa e não em nenhum avião distante. Sabia que sua voz continua um vento leve em cada ouvido meu?

Dez para meia-noite.

Te esquecer é perder o melhor de mim e por isso não esqueço. Se eu parasse no tempo só para pensar em você eu ganharia dos maiores poetas deste tempo e dos outros. Por isso não posso parar meu amor. Se eu parar no tempo por você, eu morro.

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 04/06/2009
Código do texto: T1630959
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