A empresa igreja

Homologo os vence(dores), mas as dores reprimidas acordarão os vencidos...

O capitalismo e sua criatividade. Impressiona como alguns empresários se utilizam da arte de dominar usando da religião e até mesmo dos textos bíblicos como forma de propaganda. Mas isto no mundo do capital não é novidade, todas as armas são válidas, inclusive as falaciosas analogias. O que realmente inquieta é a fachada ética que permeia está categoria de empresários, usam e abusam do discurso piedoso, mas no âmago um espiral arenoso sombreia o espectro. Será que ainda estão presos no deserto atormentados por demônios?...

Assédio moral, demissões arbitrárias, intimidações e acidentes de trabalho correm soltos. Uma pequena caminhada pela trilha dos tribunais trabalhistas bastaria para destronar a realeza empresarial. As mídias empresariais, com suas colunas sociais estampam o disfarce, cenário de um teatro marcado por vítimas de uma sociedade ilusória.

A verborragia religiosa utilizada é a manigância do ego para manter “adormecida” a sombra da anomalia. Duvido que estas corporaturas durmam bem, desconfio de seus assessores espirituais e dos cientistas do comportamento, pois são co-réus de atos bárbaros da “nova civilização” empreendedora.

O progresso caminha no mesmo estilo das instituições religiosas, principalmente quando o pragmatismo religioso fundamentou a primeira pedra e distendeu nas sombras o coração. Uma trilha de isenções facilita a vida tributária do templo, enquanto isso, os trabalhadores, a qualquer custo, são impelidos a doarem o corpo e a alma ao progresso empresarial.