Individualidade Padronizada.
Uma dos fatores responsáveis pelo crescimento da produção e avanço do sistema capitalista, sem entrar nas controvérsias que englobam a discussão em torno do capitalismo, é a invenção da linha de montagem que trouxe a aceleração da produção em escala e conseqüentemente a padronização exagerada de quase todos os atuais bens de consumo. Assim, os produtos que conseguem um diferencial, como produtos artesanais e orgânicos, por exemplo, tornam-se cada vez mais procurados.
Se fizermos uma analogia, ainda que forçada, podemos verificar que esta padronização ocorre também com nosso modo de vida, nossas atitudes e comportamentos, que por fim, nos permite dizer que existe uma determinada padronização social. Diante disso, torna-se compreensível o surgimento cada vez mais freqüente de grupos alternativos que procuram diferenciar-se através das mais variadas formas. Trata-se de uma forma de resgatar uma identidade própria diante de tanta padronização, porém, logo que esses grupos crescem ou o comportamento é incorporado, pela grande maioria, à diferenciação se anula.
Essa busca da diferenciação é constante em todas as áreas, e certamente continuará a ocorrer não somente pela valorização do diferente, mas pela acelerada adoção do novo em pequeno espaço de tempo, por uma população cada vez maior; fruto do avanço tecnológico e todos os seus derivados. Os jovens são os primeiros a embarcar nessas ondas, especialmente os voltados ao modismo e a inovação. Foi na tentativa de surfar numa dessas ondas que eu saí de casa para construir meu castelo de sonhos na cidade grande.
Na pequena comunidade em que eu vivia tudo era muito igual, a única alternativa que eu enxergava para diferenciar-me era ser mais urbano, uma vez que pela televisão, só se via felicidade nos moradores das grandes cidades. No entanto, logo descobri que essa era mais uma das minhas tantas ilusões. Agora, diante desta crescente necessidade da população em buscar alternativas que fujam da padronização, ser um homem com raízes na roça tornou-se um diferencial. Uma característica que me diferencia da grande parte dos nativos urbanos; um diferencial, nada melhor ou pior que ninguém, apenas diferente.
Ampliando esta observação, podemos ver claramente muitas características que nos diferencia das demais pessoas. São pequenas diferenças que ignoramos pela falta de observação interna e principalmente pela valorização da própria personalidade, aliás, esse é um engano que cometemos facilmente diante da uniformização que estamos submetidos diariamente, que, no entanto precisa ser evitado. Quanto maior a demora em perceber esse engano, maior será o desgaste em busca da diferenciação. É preciso despertar para a própria diferenciação, perceber que somos únicos. A história de vida de cada um é única, como a família, vivências, relacionamentos, percepções, são experiências individuais. Até mesmo histórias de vida parecidas, ou mesmo de irmãos gêmeos, são únicas, pois a forma de incorporar, interpretar e compreender os fatos é pessoal.
Buscar a própria identidade seguindo determinado grupo ou inventando modismos não é a melhor forma de diferenciar-se, pelo contrário, é criar um novo padrão. A verdadeira diferença está em cada um; em saber ver a verdadeira essência do outro, respeitando as individualidades com todas as suas qualidades e deficiências. Essa é uma tarefa importante para quem busca a diferenciação, não como um processo de destaque pessoal, vaidade e egocentrismo, mas a diferenciação como um processo de individuação e crescimento pessoal.
Saber reconhecer o próprio valor como ser humano, como ser único no universo, respeitando, reconhecendo e aceitando a individualidade dos outros é um passo importante para fortalecer a própria identidade e fugir do indesejado padrão. Ter consciência desta realidade é avançar na individuação e ao mesmo tempo contribuir para a valorização da pluralidade. No entanto, não podemos evitar todos os padrões, pois alguns são essenciais, mas seguir o processo como uma parte de uma linha de montagem é abdicar da construção da história pessoal pela escolha consciente.
Somos seres únicos, portanto diferenciados por natureza, conseqüentemente torna-se desnecessário diferenciar-se, mas, infelizmente inseguros deste fatonos atiramos na primeira onda que aparece. A verdadeira diferença está em fazer diferença para a construção de um mundo melhor, trabalhando para crescer individualmente, no entanto sem perder de vista a integração com a sociedade e o crescimento da espécie humana. A construção de um mundo melhor passa pelo reconhecimento e fortalecimento da própria individualidade, da mesma forma que devemos respeitar a heterogeneidade social. Pense nisso! Boa semana.
Uma dos fatores responsáveis pelo crescimento da produção e avanço do sistema capitalista, sem entrar nas controvérsias que englobam a discussão em torno do capitalismo, é a invenção da linha de montagem que trouxe a aceleração da produção em escala e conseqüentemente a padronização exagerada de quase todos os atuais bens de consumo. Assim, os produtos que conseguem um diferencial, como produtos artesanais e orgânicos, por exemplo, tornam-se cada vez mais procurados.
Se fizermos uma analogia, ainda que forçada, podemos verificar que esta padronização ocorre também com nosso modo de vida, nossas atitudes e comportamentos, que por fim, nos permite dizer que existe uma determinada padronização social. Diante disso, torna-se compreensível o surgimento cada vez mais freqüente de grupos alternativos que procuram diferenciar-se através das mais variadas formas. Trata-se de uma forma de resgatar uma identidade própria diante de tanta padronização, porém, logo que esses grupos crescem ou o comportamento é incorporado, pela grande maioria, à diferenciação se anula.
Essa busca da diferenciação é constante em todas as áreas, e certamente continuará a ocorrer não somente pela valorização do diferente, mas pela acelerada adoção do novo em pequeno espaço de tempo, por uma população cada vez maior; fruto do avanço tecnológico e todos os seus derivados. Os jovens são os primeiros a embarcar nessas ondas, especialmente os voltados ao modismo e a inovação. Foi na tentativa de surfar numa dessas ondas que eu saí de casa para construir meu castelo de sonhos na cidade grande.
Na pequena comunidade em que eu vivia tudo era muito igual, a única alternativa que eu enxergava para diferenciar-me era ser mais urbano, uma vez que pela televisão, só se via felicidade nos moradores das grandes cidades. No entanto, logo descobri que essa era mais uma das minhas tantas ilusões. Agora, diante desta crescente necessidade da população em buscar alternativas que fujam da padronização, ser um homem com raízes na roça tornou-se um diferencial. Uma característica que me diferencia da grande parte dos nativos urbanos; um diferencial, nada melhor ou pior que ninguém, apenas diferente.
Ampliando esta observação, podemos ver claramente muitas características que nos diferencia das demais pessoas. São pequenas diferenças que ignoramos pela falta de observação interna e principalmente pela valorização da própria personalidade, aliás, esse é um engano que cometemos facilmente diante da uniformização que estamos submetidos diariamente, que, no entanto precisa ser evitado. Quanto maior a demora em perceber esse engano, maior será o desgaste em busca da diferenciação. É preciso despertar para a própria diferenciação, perceber que somos únicos. A história de vida de cada um é única, como a família, vivências, relacionamentos, percepções, são experiências individuais. Até mesmo histórias de vida parecidas, ou mesmo de irmãos gêmeos, são únicas, pois a forma de incorporar, interpretar e compreender os fatos é pessoal.
Buscar a própria identidade seguindo determinado grupo ou inventando modismos não é a melhor forma de diferenciar-se, pelo contrário, é criar um novo padrão. A verdadeira diferença está em cada um; em saber ver a verdadeira essência do outro, respeitando as individualidades com todas as suas qualidades e deficiências. Essa é uma tarefa importante para quem busca a diferenciação, não como um processo de destaque pessoal, vaidade e egocentrismo, mas a diferenciação como um processo de individuação e crescimento pessoal.
Saber reconhecer o próprio valor como ser humano, como ser único no universo, respeitando, reconhecendo e aceitando a individualidade dos outros é um passo importante para fortalecer a própria identidade e fugir do indesejado padrão. Ter consciência desta realidade é avançar na individuação e ao mesmo tempo contribuir para a valorização da pluralidade. No entanto, não podemos evitar todos os padrões, pois alguns são essenciais, mas seguir o processo como uma parte de uma linha de montagem é abdicar da construção da história pessoal pela escolha consciente.
Somos seres únicos, portanto diferenciados por natureza, conseqüentemente torna-se desnecessário diferenciar-se, mas, infelizmente inseguros deste fatonos atiramos na primeira onda que aparece. A verdadeira diferença está em fazer diferença para a construção de um mundo melhor, trabalhando para crescer individualmente, no entanto sem perder de vista a integração com a sociedade e o crescimento da espécie humana. A construção de um mundo melhor passa pelo reconhecimento e fortalecimento da própria individualidade, da mesma forma que devemos respeitar a heterogeneidade social. Pense nisso! Boa semana.