O Poder da Aparência

A nossa cultura ainda valoriza mais o Ter ou Parecer do que mesmo o Ser. Afora um exemplo que uma das celebridades da rede Globo revelou numa entrevista, dizendo ter sido mal atendido numa loja por estar trajando uma surrada bermuda, camiseta e chinela de dedo, também já senti a diferença no atendimento, quando em trajes diferentes.

Fui recebido friamente ao reivindicar a solução de um problema ligado ao direito do consumidor, encarado talvez como “um Zé ninguém” quando em trajes semelhantes ao descrito pelo artista da Globo. Quando ia para uma festa de aniversário, naturalmente com um traje social, achei por bem dar uma passadinha na mesma loja, já que era caminho, para resolver o mesmo problema abordado anteriormente. Fui atendido solicitamente, solucionando em definitivo a questão.

Eis aí o grande equívoco que se comete, quando os ditos “colarinhos brancos”, utilizando-se de sua aparência, praticam todo tipo desonestidade, antes vistos como cidadão de bem, pelo uso da gravata. Já é tempo de valorizar o interior das pessoas, não se deixando levar pelo seu exterior, pela estética, pela aparência. Não somos contra ao uso adequado do bem vestir, de acordo com o momento e o lugar em que nos apresentamos. Precisamos sim de um pouco de atenção para se perceber o que está dentro da “casca”, não se iludindo apenas com o que os olhos veem, mas com o que a alma sente.

Irineu Gomes
Enviado por Irineu Gomes em 23/03/2009
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