Acabem com as clínicas psiquiátricas!!

As clínicas psiquiátricas( não é mais usado o termo hospício) continuam presentes na sociedade como nos tempos de outrora. Talvez hoje haja um tratamento mais humano, não se dá mais banhos gelados e nem choques elétricos nos pacientes, mas o ambiente nas clínicas psiquiátricas continua tenso, pesado, escuro, carregado, etc.

O primeiro hospital psiquiátrico que ficou para a história foi a clínica Salpêtrière, na França, neste hospital trabalhava Charcot, um renomado neurologista francês. Charcot lidou com mulheres histéricas. Elas apresentavam disfasia, hipersensibildade, desmaios, problemas auditivos, oculares, etc. Mas quem estiver lendo esta crônica dirá: mas estes não são sintomas físico- biológicos? Acontece que havia pacientes que apresentavam sintomas histriônicos como: irritabiliddae, alucinações auditivas e visuais, etc, e isso as qualificava no grupo de doentes mentais.

O grande psicanalista Freud, estudou e trabalhou a histeria com Charcot, de 1885 à 1888, lá ele adquiriu grande parte das idéias que ele usaria anos depois. Charcot acreditava que as doenças degenerativas e também as mentais passariam de pais para filhos, Freud contestou e com isso surge a psicanálise.

Mas não quero nesta crônica discorrer sobre a história da psicanálise, quero antes, falar sobre as clínicas psiquiátricas e porquê elas devem ser abolidas. Primeiro, é um oneroso custo para parentes e para o próprio Estado manter os hospitais, segundo, se o paciente em um estado mental avançado não conseguiu se curar na sociedade, o que garante que ele será curado preso numa clínica? Há pacientes que ficam extremamente agressivos e começam a quebrar tudo, isso não seria um sintoma do confinamento?

Estamos acostumados a achar que as clínicas tem todas as respostas, mas eu pergunto: não seria melhor que conhecéssemos a doença de um parente ou amigo e como tratá-la do que jogá-lo sabe se lá em que clínica? Uma doença mental não tem e nunca terá uma cura científica, é claro, mas a compreensão, o amor, o apóio podem amenizar o quadro do paciente. No entanto, o que fazer se o paciente é agressivo e não quer ajuda? Bom, isso é assunto para outro dia. Boa leitura a todos!

Heinrich Hoft
Enviado por Heinrich Hoft em 17/02/2009
Reeditado em 17/02/2009
Código do texto: T1443816
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