"Quo vadis, magister?"

Não podemos controlar o tempo...Mal podemos controlar nossos atos, que dirá controlar o tempo. Ele é inexorável, por isso nos ignora sem piedade. O tempo é inxeplorável: é inextinguível! O tempo é cruel!

E os mestres? Os mestres, simpesmente morrem...

Numa acepção primária, dir-se-ia que o Mestre é aquele que tem a capacidade de transmitir a seus discípulos os conhecimentos que acumulou em sua profícua existência. E a definição acaba aí? Não!

Não seria justo uma conceituação tão simplória. O Mestre, acima de tudo é um Orientador. Seria ele um aperfeiçoamento do professor. Sobretudo, o Mestre é um educador. Cabe-lhe a meritória tarefa de transmitir àqueles que se abeiram ao poço de seu saber, uma lição de vida, erigida sobre os pilares dos conhecimentos que acumulou com sua pertinácia em busca do ideal colimado. Deu-lhe o destino uma árdua e gloriosa missão e dela não se afasta nunca.

Entretanto, malgrado esse credenciamento, nem sempre logra colher os frutos da orientação que tentou transmitir. Muitas vezes, cessado o impacto do primeiro contato com os discípulos, as sábias palavras são atiradas ao esquecimento, com maior ou mneor presteza, a critério dos ouvintes. E assim, lamentavelmente, a cultura é a primeira a ser abandonada.

A caminhada para o esquecimento é célere e não tem retorno. Por outor lado, a memória é débil, e injusta.

"Verba volante scripta manent".

Como superar essa realidade, prezado Mestre?

João Bosco Costa Marques.