A MINHA TERRA

Se me perguntarem o que é a Cidade onde nasci (Joinville)

Diria que é o ventre que Deus expandiu para o meu conforto.

Tenho o DNA destas matas, destes pedregulhos, das estradas de chão batido. Das flores de jacatirão, do amarelão das goiabas das beiras das estradas, dos ribeirões do interior, das matas do morro Boa vista, dos campos de várzea onde jogava as peladas nas tardes de Domingo.

Como eu sou nesta Cidade encantadora:

Eu sou a ventania que vai até o alto do jacatirão e lhe rouba a flor mais bela

Eu sou a terra que se cobre de capim branco, dos araçás, das cerejeiras e pés de aroeiras.

Eu sou o camponês que chega a sua roça pelas trilhas morro acima.

Eu sou o metalúrgico que pedala sua magrela para defender seu pão de cada dia

Eu sou o Rio Cachoeira que leva abaixo as águas da Serra do Mar.

Eu sou o estudante que chega às aulas de ônibus do Terminal Central

E volta tarde da noite cochilando aos solavancos.

Eu sou o Pastor que arrebanha suas ovelhas nas manhãs de domingo

Eu sou o cordeiro que segue o Grande pastor diariamente.

Eu sou a criança que sobe nas goiabeiras e ali colhe a goiaba mais doce. Eu sou as largas calçadas, a praça do chafariz, a figueira da praça central.

Um sinônimo desta Cidade é o Trabalho.

Se trabalhar é cansativo, vivo cansado e feliz.

Nesta Terra tem que se trabalhar para ser reconhecido.

Trabalho que dignifica a pessoa, que lhe dá sustento, lhe da riqueza, lhe dá prazer, lhe dá vida. E lhe são acrescentados, o Amor, as Amizades, as grandes vitórias.

Nascer na Maternidade Darcy Vargas, não foi acaso. Foi uma benção.

Amo a minha Cidade... Terra dos meus avós, dos meus pais, dos meus filhos...

Robertson
Enviado por Robertson em 21/12/2008
Reeditado em 15/02/2018
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