A FAVORITA EMPOLGA NO FINAL

A novela do João Emanuel Carneiro, exibida na Rede Globo, às 21 horas, está chegando ao final com um Ibope mediano, perto das outras novelas do horário nobre. Porém, conseguir na TV aberta 45 pontos não é para qualquer um produto de televisão. Visto que A Favorita é o programa mais assistido na TV brasileira.

No início o público estranhou a novela e não empolgou muito. Não saber quem era o vilão da história não era o costume das telenovelas e sim, nos darmos mastigados os vilões e os mocinhos. Para resolver o problema, a revelação de que a Patrícia Pillar era a grande vilã da história foi antecipado.

Agora, faltando um mês para o término da história, a novela volta a empolgar e alguns capítulos lembram filmes de suspense. A vilã de Patrícia Pillar, a Flora, convence na sua doentia raiva contra a família dos Fontini. Uma verdadeira psicopata. Na mesma cena consegue ser a assassina fria e a boazinha que toda sogra queria como nora.

Outras histórias da novela não foram tão bem. Como, a loucura do personagem do José Mayer (Augusto César), a luta contra o capitalismo selvagem do Tarcísio Meira (Copola), o político corrupto de Milton Gonçalves e o mocinho Cassiano. A própria protagonista, Cláudia Raia, está cansando os telespectadores com seus choros histéricos e constantes. No último capítulo, a Donatela vai precisar de um bom psiquiatra.

Enfim, a novela tentou ser uma renovação, mas não foi. A maioria dos capítulos (violentos) era difícil de assistir e só mesmo TV a cabo que salvava o horário. Em tempos de tanta violência, assistir A Favorita era um convite para ler bons livros que amenizassem tanta crueldade mundana.

Alexandre Lana Lins é jornalista

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Alexandre Lana Lins
Enviado por Alexandre Lana Lins em 16/12/2008
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