O CORAÇÃO

O CORAÇÃO

É sabido que exercícios físicos fazem bem ao coração.

Mas parece que o riso e a música fazem muito bem ao coração também.

Alimentação adequada, não fumar e seguir as recomendações médicas são fundamentais para tranqüilizar o bom funcionamento do nosso coração. Notícias ruins nos jornais não fazem nenhum bem, mas como inevitáveis, melhor só tomar conhecimento ligeiro, e partir para sua atividade diária sem se deter nas coisas ruins que aconteceram ou estão acontecendo, exceto naquelas em que se possa atuar diretamente para diminuir o mal que elas causaram. Lembrar mais atenção ao próprio coração ao qual a gente pode cuidar e dele precisar.

Gostei de saber que o Diretor de Cardiologia Preventiva do Centro Médico da Universidade de Maryland de Baltimore nos USA, Dr. Michael Miller constatou que o diâmetro dos vasos sangüíneos se abre mais quando os pacientes ouvem suas músicas favoritas. Coisa que intuitivamente sempre achei que ocorresse pelo bem estar que dá ao ouvir os sons e letras mais lindos que enchem nossa alma e corpo de bem estar geral.

Esta ampliação do vaso sanguíneo é da ordem de 26% em média, quando os voluntários do Dr. Michel ouviam suas músicas favoritas. Mudança igual ocorria também quando as pessoas faziam exercícios e quando riam bastante. E ouvir músicas das quais, os mesmos não gostavam reduzia em 6% o diâmetro das artérias. Este estudo e experiência preventiva são bem-vindos saber aos que cuidam do seu coração.

E é o que a gente sente quando ouve Chico Buarque na genialidade de suas canções, e letras mais que poesias que vão direto ao mais fundo da alma, como sinto e sentem todos os que o ouvem. Só ele fala direto ao coração. Parece que renova a alma e a inteligência emocional. Parar. Nada mais fazer: ouvir MAR E LUA com o “Trio Esperança” com Chico cantando é uma pausa e uma recuperação do muito que se perdeu e nem se percebeu:

“Amaram o amor urgente

As bocas salgadas pela maresia

As costas lanhadas pela tempestade

Naquela cidade

Distante do mar

Amavam o amor serenado

Das noturnas praias

Levantavam as saias

E se enluaravam de felicidade

Naquela cidade

Que não tem luar

Amavam o amor proibido

Pois hoje é sabido

Todo mundo conta

Que uma andava tonta

Grávida da lua

E outra andava nua

Ávida de mar

E foram ficando marcadas

Ouvindo risadas, sentindo arrepios

Olhando pro rio tão cheio de lua

E que continua

Correndo pro mar

E foram correnteza abaixo

Rolando no leito

Engolindo água

Boiando com as algas

Arrastando folhas

Carregando flores

E a se desmanchar

E foram virando peixes

Virando conchas

Virando seixos

Virando areia

Prateada areia

Com lua cheia

E à “beira-mar”...

Ou quando se ouve com o coração escutando “YOLANDA” com Pablo Milanés:

“Esto no puede se no más que uma canción

Quisiera fura uma declaración de amor

Romántica, sin reparar em formas tales

Que pongan freno a lo que siento ahora a

raudales

Te amo, te amo

Eternamente te amo

Si me faltaras no voy a morirme

Si hé de morir, quiero que sea contigo

Mi soledad se siente acompañada

Por eso a veces sé que necesito

Tu mano, tu mano

Eternamente tu mano

Cuando te vi sabia que era cierto

Este temor de hallarme descubierto

Tu me desnudas com siete razones

Me abres el pecho siempre que me colmas

De amores, de amores

Eternamente de amores

Si alguna vez me siento derrotado

Renuncio a ver el sol cada mañana

Rezando el Credo que me has enseñado

Miro em tu cara y digi en la ventana

Yolanda, Yolanda

Eternamente Yolanda

Yolanda

Eternamente Yolanda

Eternamente Yolanda “...

(Do CD de Chico Buarque “PEDAÇO DE MIM”).