JEITO DE AMAR.

SILÊNCIO.

Muitos não suportam o silêncio. Ele os danifica e amadronta.

Não têm a necessária coragem de se devassarem,de se inudarem

da sinistra luz da verdade. Não compreendem o quanto ela pode

ser amena,se recebida com humildade. Com extrema delicadeza,

como um cirurgião competente,o silêncio vai compondo tecidos,

vai suavizando arestas.

Não é preciso ter medo,apenas submeter-se.Muitos preferem o

barulho que ensurdece e ilude.

O silêncio é paz. Acostumei-me ao isolamento,no vício de registrar

meus pensamentos.Não por pretensão,mas como uma contingência.

E que exagero até nas proporções exigidas,pois o menor ruído me

distrai.

Nunca acreditei que tivesse um dom ou coisa semelhante.

Acredito que o ato de sentar-se,meditar e concretizar em palavras

o pensamento,é tudo o que é necessário para escrever.

Apenas tivemos uma oportunidade,o que não é concedida a todos.

À cata de motivação,vou dissecando as coisas,as pequenas

banalidades que me ocorrem.

(Do livro:Jeito de Amar. Trecho da Crônica:Silêncio, autoria de

Dilza Pinho Nilo).Mais um belo presente que recebi.

Maristela e Trecho da Crônica:Silêncio. Do livro:Jeito de Amar.(Dilza Pinho Nilo).
Enviado por Maristela em 11/10/2008
Reeditado em 14/03/2013
Código do texto: T1223455
Classificação de conteúdo: seguro