MÚSICA NÃO É PRODUTO PARA SER VENDIDO...

Sempre a mesma coisa: tanto na televisão, no rádio, quanto na internet são sempre os mesmos cantores ou cantoras, os mesmos conjuntos que expõe suas músicas.

Uns com quinhentas mil cópias vendidas, outros com um milhão de cópias vendidas...

As músicas são tocadas por todos os lados.

Todos os admiradores estão comendo, bebendo, caindo e levantando! Será que essa multidão está mesmo levando-se?

Será que não está havendo uma manipulação para que as pessoas ouçam e acabam consumindo algo que na realidade passa longe do que chamamos de qualidade?

O que os meios de comunicação social não mostram não presta! Parece que essa é a filosofia da cultura musical. Se o artista não aparecer na mídia, ele não vendo seu “produto”. Muito bem dito, “produto” e não uma criação artística de alta qualidade.

A qualidade passa longe do que é preparado para ser lançado ao público.

São conteúdos baixíssimos, tais como: pornografia, “prostituição”, infidelidade... Olha, se o amor fosse o que a mídia prega em suas músicas, nós estaríamos perdidos.

Sem contar a festa no apê, a perereca da vizinha, as músicas eletrônicas, as funk e tantas outras...

Há uma avalanche de músicas que não nos levam para o vazio absoluto. São extremamente desclassificadas.

E o problema maior é que muitos que se dizem artistas acabam oferecendo propinas para os responsáveis de programas de rádio e televisão para que as suas músicas sejam exibidas.

Isso acaba levando os verdadeiros artistas a serem conhecidos e reconhecidos no exterior e não onde gostariam de obter reconhecimento pelos trabalhos apresentados.

E os talentos reais acabam apresentando nos canais que se sentem responsáveis pelo crescimento cultural do nosso povo, tais como: Bem Brasil, Senhor B rasil, O Viola minha Viola, Terra da padroeira, Querência, Raul Gil. Mas lamentavelmente são muito poucos os espaços na mídia brasileira em prol da verdadeira música cultural de nossa gente.

É chegada a hora de dar um basta às músicas comerciais, canções que foram feitas com um único objetivo: arrecadar dinheiro. Pois isso é muito perigoso, num país onde o emprego é escasso, ser um cantor ou um compositor que fabrica música e não compõe música passa a ser um bom negócio.

Vejo que as grandes gravadoras deveriam fazer uma seleção dos trabalhos que chegariam até elas.

Música, canção, moda, cantiga... Seja como for, precisa ser de qualidade. Em qualquer gênero musical, tem jeito de fazer uma verdadeira obra de arte e não essas porcarias que acabamos vendo e ouvindo por aí.

Até parece que para fazer música é necessário falar mais de sexo do que de amor!

Que lástima!

É isso!

Acácio