S O S... O SUS PEDE SOCORRO

Tudo que conduz a vida

Pra nós é essencial

Desde um velho celular

A leitura do jornal

Vai do ar que respiramos

Ao leito de um hospital.

Você consegue se ver

Sem um calçado no pé?

Sem roupas para vestir

Sem água ou comida até?

Sem música e sem poesia

Como viver sem a fe?

Da saúde a segurança

Educação, moradia

Não se tem transporte público

Sem calçamento na via

Da farmacia ao salão

Shopping, bar e padaria.

Há quem viaja de carro

Quem viaje de avião

Há quem viaja no trem

E quem usa a embarcação

Há quem faz compra em varejo

E quem faz no atacadão.

Mas todos têm importância

De maneira singular

Nós somos parte do mundo

Não se pode descartar

Precisa peça por peça

Pra poder funcionar.

Viva nossas faculdades

Escolas particulares

Empresas privatisadas

Públicas e similares

Pro bem da população

As micros e lineares.

Quem milita na saúde

Sabe o que eu estou dizendo

Sobre a importância do SUS

Pra quem está se mantendo

Da nossa saude pública

Que aos poucos está morrendo.

O SUS é empresa grande

Com grande potencial

Inteiramente gratuito

Unificado e total

Atendendo no Brasil

De maneira universal.

Muita gente não conhece

De fato a sua estrutura

Mas o seu potencial

Uma realidade pura

Com medicina entegrada

O SUS tem outra postura.

São mais de oitenta por cento

Da nossa população

Atendida pelo SUS

Com a mesma dimensão

Dispondo de agilidade

E de muita precisão.

Que vai de um hospital

Com estrutura adequada

Automóvel, combustível

Companhia estruturada

Paramedicos, enfermeiros

E rendas organizadas.

Já são trinta anos de história

De esforços e engajamento

Distribuindo saúde

Alívio e medicamento

E medicina assistida

Com um pronto atendimento.

O SUS da grande suporte

A traumas e cirurgia

Procedimentos cardíacos

Quimeo, fisioterapia

Prenatal e pediatra

Até a psicologia.

Atua em todas as áreas

Para melhor atender

Muitas vezes no improviso

Tenta cumprir seu dever

Arriscando o servidor

Pro paciente viver.

É pelo SUS o primeiro

Socorro que se é prestado

Seja de bala perdida

Acidente ou atentado

Seja mendigo ou ladrão

Fazendeiro ou favelado.

Mas pra que tudo dê certo

Precisa se calcular

Necessita que aos poderes

Faça bem participar

E cuidando do orçamento

Evitando infracionar.

Este conselho pergunta

Que mais importante soa?

Será um débito fiscal

Ou a vida de uma pessoa?

Porque com esste orçamento

Tem gente morrendo atoa!

Não pese os tempos presentes

Por outros tempos passados

Pois a balança de outrora

Tinha pesos regulados

Não se compara com hoje

Trezentos mil enterrados.

Cortar verba da saúde

Pelo débito fiscal

Poderia até ser cômico

Se não fosse surreal

Perversão e crueldade

Em uma farça mortal.

No surto da pandemia

É grave a situação

Faltam leitos, oxigênio

Kits para intubação

Enssumo, respiradores

E a grande vacinação.

Como explicar para o povo

Erro dos governadores?

O federal corta a verba

Tendo seus apoiadores

Mostrando assim que a saúde

Não importa pros gestores.

Como manter tantos gastos

Julgados essenciais?

E quando a conta não fecha

Quem paga os adicionais?

Como equipar UTÍS

Nos leitos dos hospitais?

É preciso abastecer

Se foi desabastecido

Atentam contra a saúde

Do modo mais descabido

Deixando o SUS sem respostas

Pro tanto que tem morrido.

A saúde está falindo

As redes colapsádas

E os abutres do poder

De maneiras descaradas

Assaltam nossos recursos

Pras contas acumuladas.

Estamos em pandemia

A saúde enfraquecendo

Gestor pelo amor de Deus

Nosso povo está morrendo

Quanto mais a verba cai

Mais mata quem tá vivendo.

Com um só respirador

Duas vidas a socorrer

Sabemos ser impossível

Ao mesmo tempo atender

Como decide o doutor

Qual dos dois irá viver?

Quem trabalha na saúde

Já está sem reação

Diante a carnificina

Não guenta mais a pressão

Se não morrer de covid

Vai morrer de depressão.

Isso é inadimissivel

Ferir direitos da lei

Negando o direito a vida

Leia a carta que mandei

E não dê uma de sonso

Honre os votos que lhe dei.

Muito admira o congresso

Ser assim tão leviano

Se é pra defender o povo

Lutar pelo ser humano

Como vai compartilhar

De um projeto tão inssano.

Em dois mil e dezessete

O mundo estava normal

Nosso teto orçamentário

Foi de fato essencial

Não é o caso de agora

Dentro de um surto mortal.

Sem falar que o globo gira

E o ciclo segue crescendo

E mesmo com tantos mortos

Tem muita gente nascendo

Assim o que valeu ontem

Pra hoje não está valendo.

Os poderes deixam claro

Que a vida não interessa

Quando o orçamento fiscal

Está na linha pregressa

Se ajusta o individamento

Depois a gente conversa.

O SUS tem um compromisso

Co'a vida do cidadão

Nós não temos nada haver

Com débitos da união

Nosso dever é zelar

A saúde da nação.

Não se pode desprezar

A emergência sanitária

Afirmar que ela acabou

É uma farça ordinária

Provando que a economia

Ante a vida é necessária.

Restringir esses recursos

Desabastece o sistema

Tem pedaladas fiscais

Na manobra desse esquema

Precisa almentar o crédito

E reduzir o problema.

O conselho da saúde

Tão unido quanto atento

Não pode deixar barato

Esse descontentamento

Não vamos compactuar

Com esse descabimento.

Quem vai pagar pelos danos

Que já nos aconteceram?

Quem acegura a certeza

Pra aqueles que não morreram?

Mas vão seguindo ilutados

Pelos entes que perderam.

O SUS precisa de apoio

Pois não se banca sozinho

Precisa de investimento

Resiliência e carinho

E da empatia dos líderes

Que atuam no seu caminho.

Tudo que estamos buscando

É poder cuidar da vida

Já não foi suficiente

Tanto horror e despedida?

Não dar pra continuar

Nesse clima de partida.

Veja a saúde da gente

Parece sucateada

Pois quando o orçamento aperta

Ela é quem é atacada

Pergunta-se por que a vida

É assim tão desprezada.

Há coisas que não podemos

Do nosso povo esconder

A elite politizada

Tentando se proteger

Compram vagas, furam filas

Disvirtuando o dever.

Mostrando que a impunidade

Estamos acostumado

Por onde o nível mais baixo

É sempre o prejudicado

Pra neste caso o mais alto

Ser o privilegiado.

Vamos conclamar o povo

Unir a população

Prestar exclarecimentos

Deliberar a razão

Expondo ao povo de fato

Quem é culpado e quem não.

Não dá mais pra passar panos

No caos generalizado

A saúde agonizando

O povo asfixiado

Ou morre à falta de ar

Ou se morre amordaçado.

Vamos defender a Pátria

Exaltar nossos valores

Limpar nossas consciências

Dos escombros, dos temores

E nos livrar das amarras

Desses chefes opressores.

Chega dessas falcatruas

Chega de tanta omissão

Chega de tanta vergonha

E tanta difamação

De tanta demagogia

De roubo e corrupção.

Aqui vai nosso recado

Em forma de poesia

Nosso clamor por socorro

Na mídia causa euforia

Vamos ajudar o SUS

A propagar alegria.

Atentai vossos leitores

Aos versos do menestrel

Tanto clamor e clemência

Que as rimas gotejam fel

Clamando pela saúde

Num folheto de cordel.

FIM.

Santa Cruz/RN. 06/04/2021.

Troya DSouza
Enviado por Troya DSouza em 11/10/2023
Reeditado em 28/05/2024
Código do texto: T7906157
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