" DOIS ANOS DE BOLSONARO"

Caindo de para-quedadas,

Nas pesquisas disparou,

Dando uma de santinho,

Muito voto conquistou,

Ganhou para presidente,

Porem lascou muita gente,

Que nele nem confiou.

Assim surgiu o tal Mito,

Quase ninguém conhecia,

Esse era o cara certo,

É o que muita gente dizia,

Diziam o Brasil vai mudar,

Vão as coisas melhorar,

Adeus a toda anarquia.

Uma historia de facada,

Que não foi bem explicada,

Assumida por Adélio,

De manobras planejadas,

Assim tocou a campanha,

Mostrando suas façanhas,

Mesmo hospitalizado.

Sempre fugiu dos debates,

Por não ter conhecimento,

Esse famoso capitão,

O pai dos constrangimentos,

Campeão em falar asneiras,

Foi de forma sorrateira,

Crescendo a cada momento.

Só falava em comunismo,

Como um falso salvador,

Dizendo nos quatro cantos,

Que a mamata acabou,

Preparou logo um curral,

Pois o gado a lamber sal,

Um carrasco sem pudor.

Pondo a culpa no PT,

Por tudo que estava errado,

Os partidos de esquerda,

Eram todos condenados,

Mas por debaixo dos panos,

Tenha dos milicianos,

Proteção por todo lado.

Conquistou os evangélicos,

Com essa historia de cristão,

Mentia de todo jeito,

Com posto de santarrão,

Seu lema era fazer arminha,

Nessa nação inteirinha,

Era esse o tal refrão.

Com tudo que estava havendo,

Pousava de preocupado,

Sendo o tal salvador,

De um Brasil desgovernado,

Dizendo-se um patriota,

Fez milhões de idiotas,

Agindo dos quatro lados.

No período da campanha,

Era a maior euforia,

Sempre chamado de Mito,

Por todos que nele cria,

Acreditem meus senhores,

Pelos seus apoiadores,

O nome certo era Messias.

Venceu seus adversários,

Com slogan conhecido,

Dizendo-se em voz alta,

Vou combater os bandidos,

Tudo farsa agora vemos,

O crime só está crescendo,

Estamos desprotegidos.

Criou até a campanha,

Querendo armar o povo,

Com isso ficou por cima,

Afastando seus estorvos,

Nessa falsa segurança,

Alimentou a esperança,

De termos um Brasil novo.

O Brasil acima de tudo,

Cheio de patriotismo,

E Deus acima de todos,

Gritou Fora comunismo,

Levando essa juventude,

A uma insana atitude,

Mergulharem no fascismo.

Juntou-se com Sergio Moro,

O carrasco da Lava Jato,

Com milhões de Fake News,

Esse foi um grande fato,

Assim traçou seu caminho,

Vencendo como certinho,

Haddad o tal candidato.

Logo nos primeiros dias,

Formou os seus ministérios,

Chamou nove militares,

Assim foi o seu critério,

Pra se garantir seguro,

E firmar o seu futuro,

Sem temor e sem mistério.

Assim no primeiro ano,

Pois as manguinhas de fora,

Troca troca de ministros,

Ocorria planalto a fora,

Com nefasta atitude,

Bagunçou toda a saúde,

Mandou o Mandeta embora.

Na policia Federal,

Tentou a interferência,

Mudando os delegados,

Pra suas conveniências,

Criou grande mal estar,

Difícil de contornar,

As suas incoerências.

Assim todas as manhãs.

Ia junto ao seu curral,

Olhar seus apoiadores,

Na famosa capital,

E assim dia após dia,

Em Brasília acontecia,

Esses encontros afinal.

Fizeram até ameaças,

Ao supremo tribunal,

Lançando bombas e rojões,

Como num grande arraial,

Obrigando a entidade,

Mostrar as penalidades,

De seus culpados afinal.

Com o escândalo da família,

Quase que se complicou,

Com as tais de rachadinhas,

Que a imprensa publicou,

Deixando-o em maus lençóis,

Pondo a culpa em Queiroz,

A coisa se contornou.

Assim a Dona Michele,

Teve a conta recheada,

Com oitenta e nove mil,

Nessa incrível parada,

Sem saber como explicar,

Fez Bolsonaro abafar,

Essa conta de fachada.

Na onda da cloroquina,

Firmou o seu pensamento,

Gastou milhões na tal pílula,

Empacou feito um jumento,

Contradizendo a ciência,

Que não viu a eficiência,

Desse tal medicamento.

Uma vaga no supremo,

Na intenção de ganhar,

Sergio Moro mergulhou,

Sem saber em que ia dá,

Alimentando a esperança,

Que por ser de confiança,

A tal vaga conquistar.

Bolsonaro quando viu,

Que estava ameaçado,

Exonerou logo o Moro,

Que tanto o tinha ajudado,

Então como presidente,

Trocou-o rapidamente,

Pra não ser incomodado.

Coligou-se co’o centrão,

Que ele em si condenava,

E a tal de velha politica,

Da qual tanto se falava,

Perdeu-se em contradição,

Traindo com isso a nação,

E a muitos que o apoiava.

Modificou seu discurso,

Pensando em reeleição,

Esquecendo-se do PT,

Tomou outra direção,

E tudo que está errado,

A imprensa é o culpado,

Diz ele a pleno pulmão.

Via-se a Carla Zambele,

Como uma sua apoiadora,

Disseminando a mentira,

Sendo a grande impostora,

Em tremenda exaltação,

Do seu amado capitão,

Fez-se a manipuladora.

Hoje o senhor Bolsonaro,

Com dois anos de mandato,

Pouco a pouco vai tirando,

A velha mascara de fato,

Cada escândalo que aparece,

A sua cúpula enlouquece,

Foi-se o santinho barato.

A eminencia de impeachment,

Está deixando apavorado,

E esse escândalo dos gastos,

Que ao mundo foi mostrado,

Está causando indigestão,

Pra milhões dessa nação,

Que nele haviam votado.

Dois milhões só em chicletes,

É o que foi publicado,

No tal portal transparecia,

Que logo foi bloqueado,

Dando ao povo entender,

Até pra quem não quer ver,

Que aqui tá tudo errado.

Tem até treze milhões,

Em barras de cereais,

Para todo o mundo ver,

Aqui em linhas gerais,

Que a farra continua,

Que verdade nua e crua,

Aqui não passa jamais.

Até em batatas fritas,

Gastou-se grande bolada,

Foi só dezesseis milhões,

Uma pechincha danada,

Deixando toda a nação,

Numa enorme convulsão,

Pela farra comprovada.

Também são quinze milhões,

Só em leite condensado,

Um item que para o pobre,

A muito foi descartado,

Ficando apenas pra elite,

Aos outros nem se permite,

Ter o mesmo acrescentado.

Oitenta e nove milhões,

Gastos em carne bovina,

Parece que esses estão,

De posse do mapa da mina,

Isso em plena pandemia,

Gastando enorme quantia,

De fontes que não germina.

Gastou vinte e um milhões,

Com iogurte natural,

Dezesseis milhões em biscoito,

Pra eles tudo é normal,

E o resto da população,

A viver de água e pão,

Num aperto infernal.

Assim o tempo se passa,

Com todo esse disparato,

Uns com tudo pra comer,

Outros sem nada no prato,

É assim que o Brasil atual,

Cumpre enfim seu ritual,

De um escravismo de fato.

Quem tem continua tendo,

Quem não tem fica sem nada,

Assim essa pequena elite,

Tem sua vida arranjada,

Enquanto a massa falida,

Paga com a própria vida,

De fortunas despojadas.

O vai e vem das cadeiras,

La no elevado escalão,

Estão a todo vapor,

Sai Raimundo entra João,

É a lei do quem dá mais,

Descrito em linhas gerais,

No comando do centrão.

Agora com as mudanças,

Na câmara e no senado,

Favoreceu a presidência,

Essas mudanças de fato,

Todos em pena euforia,

Pois enfim são maioria,

Deu-se o pulo do gato.

Isso são só alguns feitos,

Desse nosso presidente,

Que não bate a pestana,

Nem se faz indiferente,

Isso feito em dois anos,

Veremos quais são seus atos,

Que fará daqui pra frente.

Cbaraujo.

18/02/2021

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 18/02/2021
Reeditado em 18/02/2021
Código do texto: T7187248
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