Sol e chuva no Xingu

No alto um lindo céu

Aves a bailar ao vento

Bandeiras, barcos singrando

Curtindo a tarde e o tempo...

Em terra o velho Xingu

Um rio com cara de mar

Era pós-manhã bem sei

A natureza a contemplar...

O sol, já meio sem graça

Esboçava um tímido brilhar

O vento bem forte rosnou

E a brisa perdeu seu lugar...

O sol humilhou-se de vez

Se ouvia trovões a brigar

Agora no céu nuvens negras

Soltando a água no ar...

Fez frio neste momento

Janelas a balançar

A chuva e fúria do vento

E muita névoa no ar

A tarde se foi sorrateira

A chuva caiu com bravura

E num cantinho de cima

O sol se pôs com brandura...

Então estrelas brilhantes

A postos a cintilar

A cidade iluminou-se

E a paz voltou a reinar.

Composta em Em 12/02/15

em homenagem ao Poeta Mariano Silva,

que bebe deste rio.