O MISTERIO DA CRIPTA

O MISTÉRIO DA CRIPTA

Luzirmil Coimbra Zoloélo 0104201130

01 Ao ver um risco no céu

Eu fiquei a ponderar,

Como surgira lá no alto

Sem ter avião no ar?

Em minha mente confusa

Aquela linha difusa

Exercitou meu pensar.

02 Na minha divagação

Me vi ao alto elevado,

Para-o traço luminoso

Fiz o distante traslado,

Pois eu desejei saber

O que estava a ocorrer

Naquele espaço afastado.

03 O meu voo em pensamento

Teve breve duração

Menos de dez segundos

Eu subi pra imensidão

Assim na fração de tempo

Transladei no firmamento

Pra ver tal aparição.

04 Mas antes de descrever

O que vi no advento,

Preciso acentar aqui

O voo do pensamento,

Já que ali vislumbrei

Coisas que jamais pensei

Que-havia no firmamento.

05 Em meu primeiro avanço

Na rapidez do pensar,

Fui envolvido no alto

Por uma esquisito ar,

Eram bolinhas de neve

Que minha mente descreve

Como as espumas do mar

06 No percurso transitório

Do meu ágil pensamento,

Sem demora eu entrei

Em um outro regimento,

Eram estrelas em filas

Como que formando vilas

Nas vias do firmamento.

07 Também pude observar

Em minha veloz passagem,

Uma espécie de montanha

Compondo aquela paragem,

Onde as estrelas brilhavam

Tudo ali iluminavam

Dando-às sombras, linda imagem

08 Na rapidez do pensar

Eu via o risco estático

Mas por mais que-eu avançasse

Por aquele céu galáctico,

Eu ficava sem ação

Pela admiração

Que me deixava apático

09 Mas por fim pude anotar

E ponho nessa escrita,

Foi ver um anjo voando

Sobre a montanha descrita,

No meu veloz pensamento

Pude naquele momento

Segui-lo-até uma cripta

10 Aquilo ali na montanha

De altura abismal,

Me pareceu que seria

Cemitério espacial,

Ali no cosmo indicado

Por um risco apontado

Para algum olho anormal.

11 No movimento que fiz

Para o anjo eu seguir

Dei entrada pela cripta

Sem pensar onde sair

Um fato se deu então

Quando se fez um clarão

E vi nele o Céu surgir

12 O risco que lá da Terra

Eu pude bem avistar

Era a indicação

Para no céu eu chegar

A cripta ali na montanha

Era a porta pra ter ganha

De lá no céu habitar.

13 Num resumo displicente

A bem da filosofia,

Pude com aquele traslado

Saber o que eu não sabia:

Que para o céu encontrar

Tem-que-na cripta entrar

Tendo um anjo como guia!

***

COIMBRA ZOLOÉLO