AVESSO DE SI MESMO( Júnior)Francisco Fábio Alencar Reis Júnior

Costumo dizer que Júnior

É o avesso de si mesmo

Menino forte e levado

Com atitudes a esmo

Porém virou gente grande

Não admite meio termo

Quando ía pra escola

Não queria estudar

Porém ele é muito esperto

Na hora de trabalhar

Não vou dizer que agora

Seja um santo no altar

Com vinte anos de idade

Começou a namorar

Como estava apaixonado

Já resolveu se casar

Encontrou uma boa moça

E com ela foi morar

E não passou muito tempo

Logo o filinho nasceu

E com responsabilidade

Sua função exerceu

E tem sido um bom pai

Pro filho que Deus lhe deu

De menino incendiário

Passou a ser defensor

Pra proteger o ambiente

Quer ser um vereador

Pra defender o lixeiro

Que é homem de valor

Para o ofício exercer

Já resolveu estudar

Participando de curso

Para aprender legislar

Não quer ser somente número

Quer na Câmara trabalhar

Pra tudo que vai fazer

Ele é determinado

Não é por faltar estudo

Que se tornou retardado

Pra falar e pra contar

Parece até diplomado

Falando em empreender

Ele é homem de visão

Se metendo em um negócio

Ele faz com atenção

Pode até cometer erro

Porém não fica no chão

Por castigo do destino

Foi cuidar do seu algoz

Carregar livros nas costas

Tinha que ser bem veloz

Subindo e descendo escada

Numa carreira feroz

Passou a ser vendedor

Viajando sem parar

Conheceu muitos lugares

Sem nunca se acomodar

Quando chega o fim do mês

Suas contas vai pagar

Resolveu ser empresário

Pra renda complementar

Preparou uma pocilga

Porcos foi negociar

Não se deu por satisfeito

Foi emprego procurar

Como é bom motorista

Começou a procurar

E no caminhão do lixo

Iniciou trabalhar

Começa de madrugada

Só sai quando terminar

Desse homem corajoso

Admiro a humildade

Com a mulher professora

Que já cursou faculdade

Com tudo pra boa vida

Mas não quis facilidade

É homem de atitude

Nele pode confiar

Uma meta pra cumprir

É certa pode contar

Mesmo que seja difícil

Um dia vai conquistar

Ele é sempre brincalhão

E não tem tempo ruim

Herdou isso do avô

Que também era assim

Alberto da Cachoeira

Homem de bem até o fim

O Júnior da Cachoeira

Ele assim quer ser chamado

De criança a adolescente

Foi seu torrão adorado

Mesmo sendo da cidade

Tem pelo povo amizade

Agora tá radiante

A esperar pela filha

Que já está a caminho

Pra aumentar a família

Tem muita sorte na vida

Quem no seu caminho trilha

Escrevi esse cordel

Mas não foi pra bajular

Eu tenho fé, acredito

No que ele vai falar

Se falar besteira eu grito

Mando ele se calar

Alcinete Gonçalves
Enviado por Alcinete Gonçalves em 30/10/2019
Reeditado em 10/02/2020
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