Meu Pai: de tão grande ele é pequeno

De tão grande ele é pequeno

Cabe no meu coração.

Gigante em inteligência.

Pequeno em despretensão

Magnífico em singeleza!

Esse cara com certeza

É o Antônio do Lampião.

Alguém ouvindo Valdike.

Dominguinho e Gonzagão.

Nelson Gonçalves e Roberto

Cantando a “ultima canção”.

Digo com todo franqueza

Esse cara com certeza

É o Antônio do Lampião.

Se for um apaixonado.

Por mato, rios e sertão.

Cantorias de viola,

E a voz do corrupião.

Se olharem e virem beleza

Podem bradar com certeza.

É o Antônio do Lampião.

Coalhada e mel de abelha.

Paçoca e chá de limão.

Rapadura, cuscuz de milho.

Ou um simples arroz com feijão.

Esses alimentos na mesa.

Terá perto com certeza.

O Antônio do Lampião.

É impossível em versos

Fazer toda descrição.

De todo o amor que guardo.

Dentro do meu coração.

Meu pai minha fortaleza

Meu exemplo de proeza.

Minha voz, e inspiração.