20 - TEMPO DE PROVAÇÃO pulsar

O pulsar de um coração

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01 O ano setenta e dois

Ficou com marca e razåo

Devido o meu trabalho

Feito com aptidão

Embora como empregado

Porém eu era estimado

Muito amigo do patrão

02 Numa das maiores lojas

Tinha minhas regalias

Como técnico de TV

Qualquer um me conhecia

Para grande população

Da cidade de Ribeirão

As assistências eu fazia

03 De setenta a 73

Eu mantive a profissão

A loja que eu representava

Me dava a condução

Pela cidade eu rodava

Meu trabalho realizava

Sempre com aptidão

04 Por três anos trabalhei

Naquele serviço aberto

Pois que em toda a cidade

Eu rodava longe ou perto

Numa boa condução

Dada pelo meu patrão

Por eu ser motorista certo

05 Ao final de setenta e três

Tive outra aerovia

Pedi conta no trabalho

Que para a loja eu fazia

De consertar televisão

Mudei pra nova ação

Numa grande companhia

06 Na 3M do Brasil

Eu passei a trabalhar

E lá tinha o que eu queria

Pois iria viajar

E era minha ambição

Eu procurava ocasião

Pra naquilo exercitar!

07 Entrei em setenta e três

Naquela grande empresa

Conheci muitas cidades

Por toda a redondeza

Sobre as rodas de um fusquinha

Eu percorri muitas linhas

Sempre mantendo a destreza

08 Vinte anos trabalhei

Na 3M de Brasil

Foi um período de glórias

Um assistente servil

São Paulo e Minas Gerais

Estendendo até Goiás

Conheci lugares mil

10 Muitos fatos ocorreram

Em minhas constantes lidas

As vezes passei apertos

Nas viagens exigidas

Cheguei a pousar na estrada

Em regiões afastadas

Tendo perigo de vida

11 Mas o mundo foi girando

E com ele o meu vagar

Os anos foram passando

Eu sempre em outro lugar

No rumo de algum destino

Como simples peregrino

Avante, sem reclamar

12 O pulsar do coração

Me dava sobrevivência

E nas vilas que-eu passava

Eu levava uma ciência

Era a fé no Criador

Em Cristo, O Salvador

O Senhor da Providência

13 Mas na continuidade

Dos pulsos do coração

Digo que também passei

Por tempos de aflição

No ano setenta e cinco

Por um período, não minto

Foi tempo de provação

......................................

21 - MAIS PESO NOS OMBROS

o pulsar de um coraçãoi

RDAH 170120171836

01 Passei o setenta e quatro

Nos estados viajando

De Passos, Minas Gerais

Pra São Paulo trasladando

A serviço da empresa

Tendo sempre gentileza

Para clientes ir ganhando

02 Os dez anos que passaram

Das ditosas aventuras

Ficaram quase esquecidas

Pelas novas conjunturas

Porém havia um alo

Com resplendor muito claro

Iluminando as alturas

03 Era o brilho dos sonhos

A clarear no espaço

Como arrependimento

Que me causava embaraço

Por ter deixado o ideal

De voar sob o astral

Do sucesso e do fracasso

04 Atravessei mais um ano

Tendo apenas esperança

De alcançar uma escada

Para subir na balança

Onde de um lado eu via

Um peso que ali teria

O valor da minha herança

05 Tal herança era a vida

Predita por Jesus Cristo

Eu não pensava em riqueza

E nem num púlpito ser visto

No pulsar do meu coração

Eu só tinha a previsão

De ter um poder benquisto

06 Minha glória era saber

Por alguém que me contasse

Que as orações que eu fazia

Lá no céu tinha seu passe

E Deus nosso pai ouvia

Minha súplica recebia

E uma obra operasse

07 Portanto em minha mente

Reinava a simplicidade

Eu ficava admirado

Por ver a sociedade

Uns querendo ter riqueza

Outros atrás de grandezas

Pra se mostrar na cidade

07 Na minha vida modesta

Eu só tinha um ideal

Que Deus me levasse logo

Para morar no astral

Pois a mundo ao meu redor

Cada vez era pior

Pelas entranhas do mal

08 Foi com lutas acirradas

Que eu pude conseguir

Uma casa pra morar

Pra família reunir

No ano setenta e seis

Deus Sua obra fez

Pude a casa adquirir

09 Do bairro onde eu morava

Mudei pra outro setor

No alto do Ipiranga

Foi que Deus fez o favor

Uma casa de esquina

Na rua Sta Catarina

Por dez anos morador

10 Desses anos discorridos

Até o setenta e cinco

Eu tive algum progresso

Mas até hoje ressinto

Que não fui um fervoroso

Eu nada fiz de teimoso

Vivi em simples instinto

11 Tive quedas na saúde

Sofrimentos e inépcia

No trabalho eu minguava

Pelas suas peripécias

Cheguei a ser internada

Pelo coração cansado

De pulsar sem ter inércia

12 No ano setenta e seis

Meu viver continuou

Tendo quatro na família

O meu ombro mais pesou

Entretanto com a fé

Fui enfrentando a maré

Do jeito que Deus guiou