20 - TEMPO DE PROVAÇÃO pulsar
O pulsar de um coração
RDAH 1801180958
01 O ano setenta e dois
Ficou com marca e razåo
Devido o meu trabalho
Feito com aptidão
Embora como empregado
Porém eu era estimado
Muito amigo do patrão
02 Numa das maiores lojas
Tinha minhas regalias
Como técnico de TV
Qualquer um me conhecia
Para grande população
Da cidade de Ribeirão
As assistências eu fazia
03 De setenta a 73
Eu mantive a profissão
A loja que eu representava
Me dava a condução
Pela cidade eu rodava
Meu trabalho realizava
Sempre com aptidão
04 Por três anos trabalhei
Naquele serviço aberto
Pois que em toda a cidade
Eu rodava longe ou perto
Numa boa condução
Dada pelo meu patrão
Por eu ser motorista certo
05 Ao final de setenta e três
Tive outra aerovia
Pedi conta no trabalho
Que para a loja eu fazia
De consertar televisão
Mudei pra nova ação
Numa grande companhia
06 Na 3M do Brasil
Eu passei a trabalhar
E lá tinha o que eu queria
Pois iria viajar
E era minha ambição
Eu procurava ocasião
Pra naquilo exercitar!
07 Entrei em setenta e três
Naquela grande empresa
Conheci muitas cidades
Por toda a redondeza
Sobre as rodas de um fusquinha
Eu percorri muitas linhas
Sempre mantendo a destreza
08 Vinte anos trabalhei
Na 3M de Brasil
Foi um período de glórias
Um assistente servil
São Paulo e Minas Gerais
Estendendo até Goiás
Conheci lugares mil
10 Muitos fatos ocorreram
Em minhas constantes lidas
As vezes passei apertos
Nas viagens exigidas
Cheguei a pousar na estrada
Em regiões afastadas
Tendo perigo de vida
11 Mas o mundo foi girando
E com ele o meu vagar
Os anos foram passando
Eu sempre em outro lugar
No rumo de algum destino
Como simples peregrino
Avante, sem reclamar
12 O pulsar do coração
Me dava sobrevivência
E nas vilas que-eu passava
Eu levava uma ciência
Era a fé no Criador
Em Cristo, O Salvador
O Senhor da Providência
13 Mas na continuidade
Dos pulsos do coração
Digo que também passei
Por tempos de aflição
No ano setenta e cinco
Por um período, não minto
Foi tempo de provação
......................................
21 - MAIS PESO NOS OMBROS
o pulsar de um coraçãoi
RDAH 170120171836
01 Passei o setenta e quatro
Nos estados viajando
De Passos, Minas Gerais
Pra São Paulo trasladando
A serviço da empresa
Tendo sempre gentileza
Para clientes ir ganhando
02 Os dez anos que passaram
Das ditosas aventuras
Ficaram quase esquecidas
Pelas novas conjunturas
Porém havia um alo
Com resplendor muito claro
Iluminando as alturas
03 Era o brilho dos sonhos
A clarear no espaço
Como arrependimento
Que me causava embaraço
Por ter deixado o ideal
De voar sob o astral
Do sucesso e do fracasso
04 Atravessei mais um ano
Tendo apenas esperança
De alcançar uma escada
Para subir na balança
Onde de um lado eu via
Um peso que ali teria
O valor da minha herança
05 Tal herança era a vida
Predita por Jesus Cristo
Eu não pensava em riqueza
E nem num púlpito ser visto
No pulsar do meu coração
Eu só tinha a previsão
De ter um poder benquisto
06 Minha glória era saber
Por alguém que me contasse
Que as orações que eu fazia
Lá no céu tinha seu passe
E Deus nosso pai ouvia
Minha súplica recebia
E uma obra operasse
07 Portanto em minha mente
Reinava a simplicidade
Eu ficava admirado
Por ver a sociedade
Uns querendo ter riqueza
Outros atrás de grandezas
Pra se mostrar na cidade
07 Na minha vida modesta
Eu só tinha um ideal
Que Deus me levasse logo
Para morar no astral
Pois a mundo ao meu redor
Cada vez era pior
Pelas entranhas do mal
08 Foi com lutas acirradas
Que eu pude conseguir
Uma casa pra morar
Pra família reunir
No ano setenta e seis
Deus Sua obra fez
Pude a casa adquirir
09 Do bairro onde eu morava
Mudei pra outro setor
No alto do Ipiranga
Foi que Deus fez o favor
Uma casa de esquina
Na rua Sta Catarina
Por dez anos morador
10 Desses anos discorridos
Até o setenta e cinco
Eu tive algum progresso
Mas até hoje ressinto
Que não fui um fervoroso
Eu nada fiz de teimoso
Vivi em simples instinto
11 Tive quedas na saúde
Sofrimentos e inépcia
No trabalho eu minguava
Pelas suas peripécias
Cheguei a ser internada
Pelo coração cansado
De pulsar sem ter inércia
12 No ano setenta e seis
Meu viver continuou
Tendo quatro na família
O meu ombro mais pesou
Entretanto com a fé
Fui enfrentando a maré
Do jeito que Deus guiou