A VERDADEIRA HISTÓRIA DAS PEDRAS MISTERIOSAS DE INGÁ - 1ª parte

Um dos maiores mistérios

Do mundo misterioso

O lajedo de Ingá

Em lugar muito formoso

Na beirada de um riacho

Pertencente a um cabra macho

Que o povo chama Vavá.

Eu já estive por lá

Estudando a profecia

Daquela pedra famosa

Onde de noite e de dia

O povo reza contrito

Em louvor do monolito

De fama conceituosa.

Palavrado em verso e prosa

O lajedo é estudado

Por doutor em ocultismo

E até cabra safado

Metido a saber de tudo

Porém, sem ter muito estudo,

É mestre em cabotinismo.

Disfarçando seu cinismo,

O doutor Fábio Mozart

Começou o seu estudo

No lajedo do Ingá

Tendo como assessor

O perito professor,

Cabra que sabe de tudo

Da vida, e sobretudo

Do tema “pouca vergonha”,

Vavá da Luz é seu nome

Famoso pela peçonha

Que destila feito cobra.

Na caçada se desdobra,

Mata a cobra e depois come.

Com a luz desse bom homem

O rei da Itacoatiara

Comecei a estudar

Aquela pedra tão rara

De cuja história oculta

Muita gente se exulta

Querendo até explicar

Que a pedra do Ingá

Foi feita pelo ET

Vindo do planeta Marte

E nesse “teretetê”

Dessas falsas teorias

Decorreram muitos dias

No Ingá do Bacamarte

Levantando o estandarte

De deuses da antiguidade

Que aqui teriam pousado

Por pura necessidade

De acampar em clima ameno

Em pedregoso terreno

Bom pra escrever um tratado.

E foi nesse lajeado

Que o misterioso povo

Começou a escavar

Em saliente corcovo

A sua divinação

Deixando sem tradução

A mensagem milenar.

Até no sítio chegar

Um doutor, grande perito

Estudioso do tema,

Versado muito em “priquito”

E outras sem-vergonhezas

Entendeu as naturezas

Do que estava escrito.

A descoberta eu debito

Ao mestre Vavá da Luz

Que, com ciência, explica:

“o assunto me seduz

Pois é claro, se deduz,

o tema da pedra é pica.”

O que não desqualifica

A mensagem milenar

Pois isso é o eixo do mundo

Ciência de acasalar

Desde que o homem surgiu

Com a mulher descobriu

A arte de furunfar.

No lajedo de Ingá

As gravuras são picantes

Sobre o amor e desejo

Uma carta de bacantes

Em suruba milenar,

Segredos de lupanar,

Dionisíaco traquejo.

E é assim que eu vejo,

Um tratado sexual

Do povo da antiguidade

Pois no tempo era normal

Se estudar esse assunto

Em conteúdo conjunto

Com a temática geral

Porque o nosso ancestral

Não conhecia o tabu

Sobre sexualidade,

Mandavam tomar no cu

Todo falso moralista

Fela da puta purista

Sem muita capacidade

Que viesse com maldade

Dizer que aquilo era feio,

Que o sexo era do diabo.

Não tinham nenhum bloqueio

Para a libertinagem,

Essa tremenda viagem

Entre a vagina e o rabo.

Então, por fim e ao cabo

O sexo na pré-história

Era alavanca do mundo

Jamais sendo atentatória

Aos costumes e moral

Promiscuidade geral

Em universo fecundo.

Aponta estudo profundo

De fina arqueologia:

Noção de propriedade

Do sexo é coisa tardia.

Sexo não tinha preceito,

O desejo era conceito

Em integral liberdade.

Tinham parceiro à vontade

As mulheres dessa era

Em orgasmos variados

Não escolhiam paquera,

Ta tudo escrito na laje

Não era nenhum ultraje

Amantes associados.

Homens meio aperreados

Sem parceiras pra transar

Transavam com animais

Em um coito singular.

Arte rupestre indica:

Facilitou, tome pica!

Assim eram os ancestrais!

www.fabiomozart.blogspot.com

Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 11/11/2017
Código do texto: T6168548
Classificação de conteúdo: seguro