CABAÇA, O CANTIL DO SERTANEJO
Cabaça, o cantil do sertanejo
Pra quem nasceu no sertão
Sabe que a seca traz desgraça
Sofre o homem e a caatinga
Os animais viram carcaça
Não falta fé nem atitude
Quando a chuva enche o açude
Tem água fria na cabaça.
Quem já trabalhou na roça
Sabe o que a cabaça representa
É o cantil do agricultor
Que leva a água barrenta
Numa moita é guardada
De preferência sombreada
Que protege e não esquenta
A cabaça quando nova
Deixa a água amargosa
Mais o liquido é precioso
Mesmo assim é saborosa
Bebe sem um pingo estruir
Se a chuva demorar a vir
A falta dela é penosa.
Cicero Aguiar Ferreira