MELANCOLIA...

MELANCOLIA...

É tarde cinzenta e fria

na região cariri

impera melancolia

só o vento faz-se ouvir

na sua pressa, agonia

prenuncio de fim do dia

avisa a bem ti vi.

Venta muito, venta forte

desperta o velho guerreiro

caboclo aqui do norte

não mete a mão em vespeiro

cochila numa oração

que transformada em canção

torna o momento fagueiro.

O vento varrendo a terra

tira a sujeira do chão

o ser humano que erra

em nada presta atenção,

a folha seca se vai

na sua mesmice cai

não busca a paz do perdão.

Tal qual a folha caída

em pleno tempo de estio

alguma lágrima contida

aluga o peito vazio

ouvindo a voz da saudade

bons ventos, soprem a vontade

esfriando ardor febril.

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Cai a tarde sombria e serena

quando a sombra da noite vagueia

natureza de paz, morna plena

e a ultima ave gorjeia

se despede o sol, vai embora

numa prece lembremos agora

são seis horas, a hora da ceia.

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Segue o vento, segue o teu destino

e leva contigo as sobras do passado

e deixas apenas o sonho de menino

que ao ser adulto, vivia acorrentado

quebre as amarras para ele se soltar

e nas carícias mais estranhas se esbaldar

e desta forma se sentir realizado.

O Rimador.

O Rimador
Enviado por O Rimador em 04/02/2017
Código do texto: T5902299
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