DA FAMA Á LAMA E VICE VERSA!

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Enquanto Eike Funhrkem Batista da Silva, (Eike Batista), nascido em Governador Valadares, procurado foragido da Justiça e procurado pela Interpol, retornou o Brasil e foi preso. Sereno e tranquilo, falando ao celular de vez em quando, talvez com seu advogado, ele elogiou a operação “Lava Jato”, disse que o Brasil está passado a limpo e que se ele fez alguma coisa errada, terá que paga, indo da fama à lama.

No final o juiz da vara de execuções penais do Amazonas, Luiz Carlos Valois, atendendo a decreto presidencial assinado por Michel Temer, mandou soltar o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, que foi da lama à liberdade. Adail é nascido no município, foi preso por diversos crimes, entre eles alguns de pedofilia, mas ganhou a liberdade e seu advogado de defesa, fazendo o legítimo direito de “jus esperniendi”, garante que o ex-prefeito foi acusado injustamente e ganhou a fama de pedófilo sem sê-lo, mas apenas condenado por exploração sexual de menores. É uma sutil diferença técnica, mas faz toda a diferença dentro do direito penal.

Eike Batista foi da fama à lama com seus milhões de dólares contabilizados pela revista Forbes, em 2103. Manuel Adail Amaral Pinheiro, o Adail Pinheiro, fez o caminho inverso: foi da lama à liberdade, mas o ex-prefeito poderá voltar à prisão, porque ainda responde a 43 outros inquéritos no Tribunal de Justiça, entre eles alguns de pedofilia, investigados pela deputada federal Erika Kokai, formada em psicologia, que ouviu as vítimas de estupro no barco, em lanchas e os diálogos entre o ex-prefeito e seu então secretário de administração Adriano Salan. Ela promete não ficar quieta e o senador Magno Malta, presidente da Comissão Nacional que investigou pedofilia em todo o Brasil, também disse que não ficará.

Eike Batista e Adail Pinhiro passarão a ser dois arquivos vivos e, ao mesmo tempo, dois exemplos de que só poder, fama e dinheiro sem cultura, são efêmeros. Andrade Netto, com quem trabalhei por mais de cinco anos em A NOTÍCIA, como repórter, dizia sempre:“a pessoa leva uma vida toda para construir uma reputação e em um segundo, pode ser destruída”.

A cultura transmitida será imortalizada. O corpo, a matéria e o próprio homem serão mortais, por mais que se tornem “imortais”. Só o que fizeram pelo bem da humanidade, ficará e será considerado imortal!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 30/01/2017
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