Etéreas Paragens
Delira solidão os dias estranhos...
Despe-se dos mantos abismais
Ao cume das flores desmedidas
À liberdade dum voo sem pressa...
És explorada... oh intacta modesta!
Bebi teu cálice sagrado por Natureza
E embriaguei-me com dourada taça
A essência singular da minha dança...
E agora antes que venha a noite
E a densidade remexa as sombras
E pulse externamente um chamado
Que desfaça o imponderável amor...
Abraçarei meu respirar na aurora
Acariciando o orvalho do pesadelo
Reverenciando Tua face brilhante
Na alma insinuante do desespero
E subirei com asas modestas
Deixando a fantasia empoeirada
Nas areias do espaço tempo
Transfigurando etéreas paragens!