Um paralelo da fundação da Paraíba com a realidade atual

Na minha terra não entra forasteiro

Já dizia o nosso herói potiguar

Até que chegou Piragibe, o traiçoeiro

E fingiu-se de amigo para se beneficiar

O potiguar, índio íntegro, guerreiro

Não sabia que um cínico companheiro

O poder na sua terra ia ajudar a usurpar

Seria ele um PMDB das antigas

E tal qual na política fingiu-se de aliado?

Estaria ele metido em tudo que é intriga

Parte de um partido mal intencionado?

Que atiça, provoca nefastas brigas

Finge-se que é das bandas amigas

Mas dá o golpe junto do outro lado?

Foram cinco as inúteis tentativas

E os portugueses sempre derrotados

Igual ao PSDB não tinham mais expectativas

Até que apareceu Piragibe, um cabra safado

Que para sua tribo se manter intacta, viva

Fez com os portugas uma união nociva

Para fazer os potiguares serem extraditados

Piragibe, rapidamente de amigo fingiu

E fez os potiguares a sua tribo não temer

Assim como Judas, os potiguares ele traiu

E nem um arrependimento sequer veio ter

Que golpe traiçoeiro a tribo potiguar sentiu

E não é que desde o início do nosso Brasil

Pessoas já começaram a roubar o poder

Foi lá pelas margens do belo rio Sanhauá

Que os potiguares foram traídos pelo fuleiro

Piragibe, um piquenique fingiu marcar

Atraindo os potiguares para o cheiro do queijo

Que surpresos, não tinham mais como lutar

Fugiram sem poder ao menos poder levar

Dois Cuscuz, uma rapadura e um vinho carreteiro

O lamento é que no país as nossas histórias

Sempre tem vilões que se dão muito bem

Ofuscam os brilhos de tantas glórias

Fazem a população deles ser refém

Parece que como prêmio e dedicatória

O povo apanha com política palmatória

E o pior: lá congresso tem pra mais de cem

Pois então, o índio potiguar de sua terra partiu

Seguiu feito andarilho pelos cantos do Nordeste

Foi no Rio Grande do Norte que a tribo residiu

Por causa de um cabra filho da puta, cafajeste

Pena que muita gente essa história nunca ouviu

Sequer sabe que aqui na Paraíba já existiu

A tribo potiguar, formada só por cabras da peste

Uma tribo valente, que não tinha medo de nada

E nas guerras sempre conseguia vencer

Mas não contava com uma suja jogada

Pelos próprios índios ser traída e perder

Seus índios fugiram daqui pela madrugada

Seguiram rumo a um novo destino, nova estrada

E até hoje no Brasil ainda temos muito a “Temer”