Escravidão da liberdade.
As portas da senzala abriram-se,
pai meu olha que coisa boa,
olha essa liberdade,
mas e agora:
Cade a minha cidade?
Onde esta a minha família?
Para onde foram minhas amizades?
Como viverei assim?
No meu bolço nenhum centavo,
sem comida, sem aguá,
não tenho camisa,
apenas uma calça,
ainda encontro-me todo sujo de barro.
Não imaginei que viver livre
deixaria-me tão pra baixo.
Pai, eu não queria desistir.
Pai meu, perdoa-me,
mas não posso continuar,
para casa dos barões terei que retorna.
Arrumar dinheiro,
um dia para minha terra poderei voltar.