Escravidão da liberdade.

As portas da senzala abriram-se,

pai meu olha que coisa boa,

olha essa liberdade,

mas e agora:

Cade a minha cidade?

Onde esta a minha família?

Para onde foram minhas amizades?

Como viverei assim?

No meu bolço nenhum centavo,

sem comida, sem aguá,

não tenho camisa,

apenas uma calça,

ainda encontro-me todo sujo de barro.

Não imaginei que viver livre

deixaria-me tão pra baixo.

Pai, eu não queria desistir.

Pai meu, perdoa-me,

mas não posso continuar,

para casa dos barões terei que retorna.

Arrumar dinheiro,

um dia para minha terra poderei voltar.

Marcos Sansara
Enviado por Marcos Sansara em 15/06/2016
Reeditado em 06/07/2016
Código do texto: T5668340
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