UM MATUTO EM FLORIANÓPOLIS

Quero fazer um cordel

Para poder dedicar

A um casal de amigos

Bacana e espetacular

Que conheci em Floripa

Bem na hora de almoçar

Eu estava num congresso

Ao lado do meu tesouro

Companheira dedicada

Mulher melhor do que ouro

Eu e ela assombrados

Num estranho logradouro

Logo que chegamos lá

Foi nos servido um almoço

Com comidas diferentes

Juro que não vi um osso

Pensei cá com meus botões:

O cardápio é um colosso

Após eu encher meu prato

Marinês também o dela

Olhamos desconfiados

Como quem roga e apela

Pra uma elegante senhora

Sentada no canto dela

A senhora está sozinha?

Podemos lhe acompanhar?

Foi assim que eu procedi

Pedindo prá me sentar

Dela recebi um sim

E comecei conversar.

Ela por ser educada

Muito nos deu atenção

Apresentou seu esposo

Um distinto cidadão

Que logo fiquei sabendo

Ser filho de outra nação

Ele então cumprimentou

O casal de sertanejo

Numa língua diferente

Pelo menos da que eu “vejo”

Aí vi que era o espanhol

Língua que aprender almejo

Papo vai e papo vem

Disparei a conversar

Falando da minha gente

Sem deixar nada faltar

O sertão que eu pintei

Dar vontade de adotar

Quando nós nos despedimos

Preocupado eu fiquei

Será que eu falei demais?

Diga-me se eu abusei...

No ouvido de Marinês

Tudo isso eu cochichei.

Porém o casal amigo

Respondeu noutro sentido

Não sei se por ter gostado

Do converseiro comprido

Para que saíssemos juntos

Partiu deles um pedido

Conhecemos restaurantes

Comi do bom e melhor

Na companhia dos dois

Ouvindo até Belchior

Disso não vou esquecer

Tudo contarei de “cór”.

Não desejo lhes cansar

Com o que pus no papel

Quis apenas responder

O que seria um cordel

Pergunta que me fizeram

Salvo engano no hotel.

Por fim amigos queridos

Queremos agradecer

A companhia agradável

Os momentos de prazer

Que tivemos em Floripa

Somente em lhes conhecer.

Polion de São Fernando
Enviado por Polion de São Fernando em 01/02/2016
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