Tô numa falsa democracia
Airam Ribeiro
Digo aqui sem medo
No tempo de Figueiredo
Eu tinha a liberdade
Eu vivia em Brasília
E para ajudar a família
Engraxava na cidade.
Percorria a capital
Engraxando e com jornal
Que pegava para vender
Rodava toda a cidade
Ali eu tinha liberdade
Da saudade, pode crer!
Quando vejo a frescura
Do PT lá nas altura
Falando em democracia
Da nojo quase vomito
É aí que eu repito
No passado eu tinha alegria.
Ia a vinha, eu chegava
A mamãe me esperava
Sabendo que eu ia voltar
Hoje se vive do porre
Nun sabe se chega ou morre
Só Deus para ajudar.
Saudade do Figueiredo
Onde eu saia sem medo
A noite ou quarqué horário
Nessa falsa democracia
A gente nun tem alegria
Ou governo ordinário!
A famia do dito Lula
Inrricô ta nas altura
Cuma qui inrricô assim?
Porque meu pai foi presidente?
Mais o dinheiro é da gente
Qui paga os imposto dereitim!
Cuba e Venezuela
O dinheiro nun foi dela
Foi roubado do Brasil
Essa muié é bombástica
Deu dinheiro inté pra África
Ela é boazinha e gentil!
Oia os povo qui ela apóia
São pió do que jibóia
Aí sim são ditadores
Sai da cova Figueiredo
Aqui nóis tamo cumedo
Ouça dos povo os clamores!
No teu tempo o Brasil crescia
E nóis tava cum alegria
Pois nun tinha o assaltante
Tinha saúde e educação
Tu nun foi guverno ladrão
E a ética era constante.
Eu fui feliz e não sabia
Lá em Brasília um dia
No governo de Figueiredo
Hoje saio para passeá
Nun sei se vou vortá
Pois vou saí já comedo.
Sabe sinhô Figueiredo
Os de hoje ta é cum medo
Se intocáro no quartel
Vê o nosso sufrimento
Mais nun age nium momento
Nos ajude aí do céu!
Me alembro Figueiredo
Qui tu fez parte do enredo
Mas morreu pobre, foi honesto
Enquanto esses dai e a famia
Inrricáro da noite pro dia
Porque são uns dizonesto.