O espiritismo entrou em minha vida, como remédio no corpo de um doente.
Aos amigos do grupo espírita Seara de Deus (no Janga, Paulista-PE)
Perdi meu filho amado
Pela ação d’um delinquente,
Pra não ficar desesperado,
Procurei um ombro amigo,
No Seara, fui abraçado,
Aqui, encontrei abrigo,
Em minha fé adormecida,
Foi plantada uma semente,
O espiritismo entrou em minha vida,
Como remédio, no corpo de um doente.
O trabalho me deu refúgio,
A fé me traz consolação,
Pra preencher este vazio
Que me inundou o coração,
Mas a saudade é infinita
E não tem comparação
e não é substituída
Por nenhum ser vivente,
O espiritismo entrou em minha vida,
Como remédio, no corpo de um doente.
Quando se perde um filho,
Nada mais, sentido tem
Para um pai desconsolado,
Só a sementinha que vem
Netinha tão esperada,
Maior conforto deixado,
E com meu filho parecida,
Pra alegrar alma da gente,
O espiritismo entrou em minha vida,
Como remédio, no corpo de um doente.
Na busca de uma resposta,
Pra tudo que aconteceu,
Aqui no Seara foi posta,
Esta fé que Deus me deu,
Pra que pudesse entender,
Esta violência cruel,
A ação de um homicida,
Um marginal, inconsequente,
O espiritismo entrou em minha vida,
Como remédio, no corpo de um doente.
Quero agradecer aos amigos
O amparo incontinente,
Em uma hora tão sofrida
De angustia e sofrimento,
O abraço que recebemos
Desinteressadamente,
De Pessoas até então desconhecidas,
Ao me abraçar fraternalmente,
O espiritismo entrou em minha vida,
Como remédio, no corpo de um doente.