UM CRIME
Dentro da cabeça de um quase poeta passam cenas horripilantes, cenas agradáveis, cenas tristes e cenas além do imaginário. Não se tem uma explicação lógica para tanto, contudo, cada construção, mesmo que não seja de um fato é para ser analisada, refletida e acima de tudo demonstra uma preocupação com o errado e quer mostrar aos leitores, mesmo sem muito conhecimento de causa, o lado bom das pessoas, o lado bom do caminho, o lado bom da vida em geral. O cordel abaixo “Crime” é uma cena do cotidiano – infelizmente – não posso acreditar que uma pessoa que seja Cristã, que tenha conhecimento da Verdade possa cometê-lo.
Quando estávamos chegando,
Ouviu-se um grito de horror.
Era alguém que ensanguentando,
Sofria com muita dor...
Lamentava e se esvaia,
Cambaleava e caía,
Sujo de sangue e suor.
Havia levado um tiro,
De emboscada, talvez,
Num lugar ermo, um retiro,
Não se sabe quem o fez...
Só se sabe que o rombo,
Foi que ocasionou o tombo
Daquele que se desfez.
Em qualquer das emboscadas,
Que se cai, não é agradável,
Muito mais se a caminhada,
Daquele que é agravável,
Sempre foi de retidão,
De justiça como irmão
É um fato imperdoável.
Não se paga com o mal,
Tudo que se faz de bem,
Nem mesmo o imortal,
Se livrou do mal do além,
Morreu na cruz pra nos salvar
De tudo que vamos passar
Até nosso fim, amém !