Sextilha em desafio
Sextilha em desafio
J Neto
Juciana e modelo!!
Com uma cabeçona dessa?
Corpo feio igual garrancho
A cara meio asavessa
Só se ela trabalhar
De modelo de trepessa
Juciana
Neto gosta de conversa
Vive me dando cantada
Como eu nao dou cartaz
Fico sempre é calada
Neto tenho namorado
E sou muito apaixonada
J Neto
Isso e pra dar risada
Por esse triste contesto
Toda doida encontra um doido
Todo lixo tem um sesto
Toda roupa veste um nu
Toda panela tem testo
Juciana
Tua conversa contesto
Sou bonita sei falar
Já ganhei até concurso
Aqui nesse meu lugar
Já diz aquele ditado
Quem desdenha quer comprar.
J Neto
Se eu quisesse comprar
Um sibito baleado
Ia num sitio qualquer
Dentro do mato fechado
Mais eu não quero um sibito
Pois não serve do meu lado
Juciana
Já conheço um ditado
Que pego pra alma minha
Tem as suas qualidades
A mulher que é magrinha
Come tudo o que quiser
Diferente da gordinha
J Neto
Sua fala se alinha
Isso e verdade eu não nego
Mais também não ha de ser
Pau com cabeça de prego
Pra o homem ficar com tu
Dos dois um, e doido ou cego
Juciana
A verdade eu carrego
Sem receio de dizer
Nao vai ser o teu mau trato
Me fazer esmorecer
Afinal eu sou mulher
Tenho muito o que viver
J Neto
Eu só quero lhe bater
Pela sua impertinência
Chegou sem ter humildade
Nem conhecer nossa essência
Agora vai apanhar
Pra ter respeito e decência
Juciana
Eu nao tive a independência
Eu quis me apresentar
Mas ninguém olhou pra mim
E nao quiserem rimar
Entao eu meti o nalho
Comecei improvisar
J Neto
Você chegou pra causar
Toda besta, se achando
Querendo ser grande vate
Se impondo, se mostrando
Mostre ai seu improviso
Quero ver tu apanhando
Juciana
Novamente vou falando
O que vem do peito meu
Aqui tem grandes poetas
Mas ninguém inda venceu
Pode ter ingual a mim
Mas nao tem melhor que eu
J Neto
Isso e engano seu
Pare de pensar assim
Pois no fundo você e
Uma poetisa ruim
E tem que melhorar muito
Pra ser boa igual a mim
Juciana
Tu és pior que Caim
Quando o mesmo traiu Abel
É falso besta gabola
Só quer ser um menestrel
Mas cegonha não faz parte
Dessa arte de cordel
J Neto
Como a abelha faz mel
Nasci pra fazer poesia
Tu me chama de segonha
Bicha da cara de gia
Tabua de engomar roupa
Cabeça de melancia
Juciana
Gosta de melancolia
De tudo quanto não presta
E onde tem coisa boa
O Cegonha já detesta
Jumento burro cavalo
Tá escrito em sua testa
J Neto
Ninguém na vida contesta
Se eu lhe chamar de jumenta
Cabra velha desmamada
Que o cheiro ninguém aguenta
Es mistura de perua
Com ticaca fedorenta
Juciana
Nem mesmo uma jumenta
Quer receber teu carinho
Já está ficando velho
Feio feito um bacorinho
E gente assim como tu
Termina sempre sozinho.
Muito bom glosar com você grande poeta Parabéns