Juro que não passo mais/Na frente da casa dela
Mote de autoria do poeta Valter Leal da Sociedade dos Poetas e Escritores de Pesqueira - SOPOESPES
I
Paixão da gota serena
Foi a minha por Maria
Não passava nem um dia
Sem ver aquela morena
Mas já faz uma quinzena
Que ela não me dá trela
Já sofri muito por ela
Mas sufoquei os meus ais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
II
Como um tolo enamorado
Eu pensava em me casar
Quando ia namorar
Eu ia bem perfumado
Usava um terno engomado
Com um cravo na lapela
Uma união tão bela
Assim como outros casais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
III
Eu estava apaixonado
Loucamente por Maria
Mas a peste me traía
Com um cara que é soldado
Não sou corno conformado
Pra perdoar a cadela
Estou processando ela
Por vários danos morais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
IV
O cabra é muito valente
E fica lá de tocaia
Disse que me bota gaia
Por detrás e pela frente
Se eu for lá quebra meus dentes
Só pra me deixar banguela
E vai puxar pela goela
As minhas cordas vocais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
V
Deixei o tempo passar
Pra ver se ele esquecia
E fui procurar Maria
Pra com ela conversar
Mas desisti de falar
Pois ao chegar à cancela
Vi o cabra na janela
Já me fazendo sinais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
VI
Depois de um intervalo
Por acaso, um certo dia,
Ele estava com Maria
E fui lá cumprimentá-lo
Quando parei o cavalo
Ele me puxou da sela
Deu-me um soco na costela
Que fiquei vendo pardais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
VII
Depois dessa traição
Eu não quero mais Maria
Mas espero pelo dia
De lhe dar uma lição
Mas falta disposição
Pra resolver a querela
O soldado só apela
Para métodos brutais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
VIII
Estou querendo vingança
Pela infidelidade
Mas pra falar a verdade
Tô perdendo a esperança
Quem espera sempre alcança
Mas caí numa esparrela
Meu medo não é balela
Eu coro riscos reais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
IX
Vontade de me vingar
Eu engulo todo dia
Mas da puta da Maria
Nem tento me aproximar
Pois se o cabra me pagar
Vai me deixar com sequela
Se bobear me escalpela
Com seus instintos tribais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
X
A minha raiva todinha
É não poder me vingar
Pois ver a quenga penar
Era a vontade que eu tinha
Porque lugar de galinha
É cortada na panela
Ou guisada ou cabidela
Pois pra fome são iguais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
Mote de autoria do poeta Valter Leal da Sociedade dos Poetas e Escritores de Pesqueira - SOPOESPES
I
Paixão da gota serena
Foi a minha por Maria
Não passava nem um dia
Sem ver aquela morena
Mas já faz uma quinzena
Que ela não me dá trela
Já sofri muito por ela
Mas sufoquei os meus ais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
II
Como um tolo enamorado
Eu pensava em me casar
Quando ia namorar
Eu ia bem perfumado
Usava um terno engomado
Com um cravo na lapela
Uma união tão bela
Assim como outros casais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
III
Eu estava apaixonado
Loucamente por Maria
Mas a peste me traía
Com um cara que é soldado
Não sou corno conformado
Pra perdoar a cadela
Estou processando ela
Por vários danos morais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
IV
O cabra é muito valente
E fica lá de tocaia
Disse que me bota gaia
Por detrás e pela frente
Se eu for lá quebra meus dentes
Só pra me deixar banguela
E vai puxar pela goela
As minhas cordas vocais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
V
Deixei o tempo passar
Pra ver se ele esquecia
E fui procurar Maria
Pra com ela conversar
Mas desisti de falar
Pois ao chegar à cancela
Vi o cabra na janela
Já me fazendo sinais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
VI
Depois de um intervalo
Por acaso, um certo dia,
Ele estava com Maria
E fui lá cumprimentá-lo
Quando parei o cavalo
Ele me puxou da sela
Deu-me um soco na costela
Que fiquei vendo pardais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
VII
Depois dessa traição
Eu não quero mais Maria
Mas espero pelo dia
De lhe dar uma lição
Mas falta disposição
Pra resolver a querela
O soldado só apela
Para métodos brutais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
VIII
Estou querendo vingança
Pela infidelidade
Mas pra falar a verdade
Tô perdendo a esperança
Quem espera sempre alcança
Mas caí numa esparrela
Meu medo não é balela
Eu coro riscos reais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
IX
Vontade de me vingar
Eu engulo todo dia
Mas da puta da Maria
Nem tento me aproximar
Pois se o cabra me pagar
Vai me deixar com sequela
Se bobear me escalpela
Com seus instintos tribais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela
X
A minha raiva todinha
É não poder me vingar
Pois ver a quenga penar
Era a vontade que eu tinha
Porque lugar de galinha
É cortada na panela
Ou guisada ou cabidela
Pois pra fome são iguais
Juro que não passo mais
Na frente da casa dela