Sarau do Zé Geral

Dentre tudo e tanto canto,

De toda boniteza que vejo,

Desse momento quase santo,

Não canto, escrevo!

Hoje tem Sarau?

Tem sim senhor!

Canta, Gilson,

Canta, Jerri,

Zé Pretim,

Ana Cabral

Nosso ilustre anfitrião,

Canta, canta Zé Geral!!

De lembrar mesmo não lembro,

Tanto tempo já passou,

Desde o início desses encontros,

Quanta coisa!

Quantos setembros!

Benditas mangas que aqui te aprisionaram,

Grande Zé, meu camarada!

Fizeram-te esquecer a estrada,

Lançar ramos que brotaram!

Fincar raiz na pequena edícula

Que no início foi alugada!

Na edícula da 13 de maio,

Dia 29 de um janeiro.

Já não era só ensaio...

Sarau ganhou nome por inteiro:

Sarau do Zé Geral.

Agora, belo e rico Sarau!!!

Tanta gente talentosa

Se achegando aos sonhos teus,

Cantou Geraldo e Roberto,

Bibi, Heron e Honorato,

Cantou Paulo Gê e Claudinho,

(Da Viola) por incentivo seu!

Oito anos de festas,

Sorriso, conversa e canção...

Um vizinho novo chega,

Fazendo reclamação,

Dando início a uma peleja,

Pontapé para a peregrinação.

Depois a 26 de agosto,

Novo endereço que agita,

Com arte pra todo gosto.

Poetas, escritores, cantores,

Mais de mil artistas!

Ainda na 26,

Em frente ao mercadão

Por queixas de uma dona,

Puxa o carro, os trens e a canção.

Muda tudo de uma vez,

Lá se vem mais peregrinação.

Mais tarde na Afonso Pena,

Conta o Zé que buracão forrou...

De cena ninguém saiu,

O pé ninguém arredou!

Pelas tantas, reclamação.

Sarau nesse endereço?

Apenas uma edição!

Nessas andanças do sarau,

Contato com tenente, coronel e general.

Noutro ponto, na Afonso,

Assim segue zé Geral,

Mais um ano na memória...

Quanta gente! Quanta história!

Depois na rua Bahia,

Nove meses de cantoria,

Agora com um toque especial,

Amor buscado,

Amor esperado...

Presença da Val!

Sete mudanças ainda,

Entre sonhos, lutas e glórias,

O Sarau ganha endereço novo,

No bairro Piratininga.

Ganho presente único,

Conhecer essa história!

Com a licença do Manoel,

Reformulo um trecho seu,

O quintal onde a gente cantou, recitou,

Sentiu tanto e tão profundo,

Esse nosso quintal, meus caros,

Quintal rico do sarau,

É bem maior que o mundo!

(Eva Vilma Souza Barbosa)